Táxons brasileiros x táxons andinos: estudos filogenéticos, morfológicos e taxonômicos em Argyrochosma e Jamesonia (Pteridace)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Braga, Nayara Soares Smith
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Botânica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31935
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.722
Resumo: O presente trabalho apresenta um estudo filogenético das populações de Jamesonia brasiliensis, Jamesonia cheilanthoides e do híbrido que ocorre entre elas na localidade do Itatiaia, Rio de Janeiro, Brasil. Sequências foram geradas e incorporadas a estudos filogenéticos do gênero. Ilustrações detalhadas são apresentadas, assim como comentários morfológicos, análises de esporos, descrições e informações de typus. Nos estudos moleculares, os marcadores usados foram o rbcL e o espaçador inter gênico trnL-trnF. A topologia mostrou que Jamesonia é um gênero monofilético, e mostrou que J. brasiliensis ocupa o mesmo clado que Jamesonia ×longifolia, juntamente com J. rotundifolia e J. alstonii. Jamesonia cheilanthoides ocupa um clado separado, juntamente com J. flexuosa e J. elongata. Morfologicamente, J. brasiliensis não apresenta diferenças quando comparada com os espécimes que ocorrem na Bolívia. Para Jamesonia cheilanthoides, a filogenia não apontou diferenças entre os espécimes que ocorrem no Itatiaia com o táxon do Peru. Morfologicamente, os espécimes que ocorrem no Itatiaia são os mesmos que ocorrem nas demais localidades de ocorrência da espécie. J. × longifolia apresenta características morfológicas tanto de Jamesonia brasiliensis (pinas coriáceas) quanto de Jamesonia cheilanthoides (protoescamas no rizoma) e na filogenia se encontra mais próxima de J. brasiliensis. Os esporos de J. ×longifolia não são uniformes e podem ser disformes e enegrescidos, evidenciando a sua origem híbrida. Além disso, no presente trabalho foi realizado um estudo filogenético na população de ‘Argyrochosma flava’ de Viçosa, Minas Gerais. Sequências de exemplares do Brasil foram geradas e incorporadas a estudos filogenéticos do gênero, até então não incluídos em tais trabalhos. Através do estudo do protólogo das espécies, novas combinações foram propostas, resgatando o epíteto específico de Acrostichum flavens, nome mais antigo, e que, portanto tem a prioridade perante a nomenclatura. Ilustrações detalhadas são apresentadas, assim como comentários morfológicos, dados de ocorrência, descrições e informações de typus. Nos estudos moleculares, os marcadores usados foram rbcL e o espaçador inter gênico trnL-trnF. A topologia mostrou que as espécies A. nivea, A. tenera e A. flavens se apresentam em clados monoespecíficos, com A. tenera mais próxima de A. flavens, com valores de bootstrap altos. Os estudos moleculares reforçam que o táxon Argyrochosma flavens é uma espécie, e não se trata de uma espécie críptica. Os dados genéticos indicam que o táxon que ocorre em Viçosa é geneticamente igual aos táxons de Argyrochosma flavens que ocorrem em outros países, tais como Peru e Equador. Os esporos do táxon foram contados, e A. flavens apresenta 32 esporos por esporângio, o que a coloca como uma espécie com reprodução apomítica. Palavras-chave: Apomoxia. Eriosorus. Hibridização.