Impacto do metilfenidato no estresse oxidativo e na plasticidade cerebral
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Externas/Outras Instituições |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31360 |
Resumo: | Esse estudo avaliou o impacto do tratamento com cloridrato de metilfenidato (MFD) em crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O estudo incluiu metodologia variada, contendo estudo de revisão sobre efeito de metilfenidato sobre BDNF e estudo de coorte experimental. O estudo de revisão seguiu as diretrizes do PRISMA e foi registrado no PROSPERO. No estudo experimental, coorte aberta de centro único foi desenhada, com amostra de conveniência recrutada entre os anos de 2020 e 2022, no ambulatório de ensino da faculdade de Medicina da Universidade Federal de Viçosa (MG). Amostra de 62 crianças, 6 a 14 anos incompletos, sem tratamento prévio, diagnosticadas por psiquiatra infantil segundo os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM5). Média de 8 consultas de acompanhamento clínico realizadas, com coletas de amostras biológicas em 3 delas: antes do início do MFD, com 12 e 24 semanas após uso da medicação. Amostra caracterizada quanto a dados sociodemográficos, sintomas de TDAH, avaliações clínica e psiquiátrica e testagem de inteligência pela psicologia. Amostras biológicas para dosagens séricas de marcadores oxidativos (níveis de capacidade antioxidante total -FRAP -, atividade de superóxido dismutase – SOD-, catalase – CAT -, glutathione -S-transferase -GST-, níveis de peroxidação lipídica e de proteínas carboniladas) foram coletadas de cada criança nos três momentos da avaliação. Metilfenidato de liberação imediata foi administrado na dosagem de média de 0,65mg/kg/dia. Usou-se o teste de Shapiro-Wilk e Kolmogorov-Smirnov para análise de normalidade. Frequências absolutas e relativas foram determinadas para as variáveis numéricas que foram descritas por suas médias e desvios padrões. Para comparações múltiplas dos parâmetros oxidativos foi realizado pós teste paramétrico de Tukey e para as demais variáveis análise de variância ANOVA (f). Análises dos parâmetros oxidativos foram realizadas no programa GraphPad Prism 7.0 (GraphPad Software, Inc. San Diego, CA, USA) e dos dados sociodemográficos e clínicos no software SPSS (versão 23.0 para Windows). Significância estatística foi considerada com p <0.05. Os resultados mostram: Sexo masculino predominante (71%), idade média 8,58 ± 1,91, predominância de apenas um cuidador - mãe e/ou pai biológico como chefe de família e maior frequência de tipo combinado de TDAH. Pressão arterial sistólica, frequência cardíaca e temperatura corporal alterações significativas, porém sem significância clínica. Índice massa corporal com diferença estatística, 37%, 19,3% e 21% das crianças apresentaram IMC acima do esperado para idade na avaliação 1, 2 e 3 respectivamente. Adesão ao tratamento medicamentoso permaneceu acima de 93,5% na 24ª semana. Durante o tratamento: FRAP não se alterou; atividade de SOD reduziu na 12ª semana em comparação à linha de base; atividade de CAT aumento significativo à 24ª em comparação 12ª semana; aumento significativo dos níveis de peroxidação lipídica à 24ª semana em comparação à 12ª semana. Aumento significativo das proteínas carboniladas na linha de base em comparação aos níveis da 12ª e 24ª semanas. O metilfenidato parece influenciar os parâmetros redox de crianças com TDAH, aumentando o estresse oxidativo. Porém, mecanismos cerebrais tamponam e desconhecemos o resultado dessas interações na estrutura cerebral. Níveis de BDNF não foram influenciados significativamente por metilfenidato em crianças com TDAH, quando comparados a controles em nossa metanálise. Palavras-chave: Antioxidantes; Crianças; Metilfenidato; Oxidantes; Neuroplasticidade. |