Consumo e digestibilidade em bovinos em pastejo com forragem de baixa qualidade recebendo níveis crescentes de compostos nitrogenados suplementares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Figueiras, Janderson Florencio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5588
Resumo: Objetivou-se avaliar os efeitos da suplementação com compostos nitrogenados sobre o consumo, a digestibilidade e a síntese de proteína microbiana em bovinos em pastejo durante o período seco do ano. Foram utilizados cinco novilhos mestiços Holandês x Zebu, com peso vivo (PV) médio inicial de 236kg, fistulados no rúmen e no abomaso, mantidos individualmente em piquetes de Brachiaria decumbens Stapf. (0,34 ha) com livre acesso a água e mistura mineral. O experimento foi estruturado em delineamento em quadrado latino 5 x 5, com cinco tratamentos e cinco períodos experimentais. Os cinco tratamentos avaliados foram definidos de forma a se suplementar os animais com 0; 0,35; 0,75; 1.05; 1.40g de proteína bruta (PB)/kg PV. Como fonte de compostos nitrogenados empregou-se mistura de uréia, sulfato de amônia e albumina, nas proporções 4,5:0,5:1,0, respectivamente. A quantidade de suplemento fornecida foi calculada com base no PV dos animais no início de cada período experimental. Os níveis médios de PB nas dietas foram 7,39, 8,92, 10,98, 12,55 e 13,62%, com base na matéria seca (MS), para níveis de suplementação 0; 0,35; 0,75; 1,05 e 1,40 g PB/kg PV, respectivamente. Verificou-se relação do tipo linear-response-plateau (LRP) (P<0,05) entre as estimativas de consumo e os níveis de PB da dieta. O comportamento do tipo LRP permitiu evidenciar incremento no consumo até níveis próximos a 9% de PB, com base na MS, a partir do qual observou-se estabilidade das estimativas . Os coeficientes de digestibilidade total e ruminal da MS e da fibra em detergente neutro (FDN) e o nível de nutrientes digestíveis totais na dieta apresentam relações lineares (P<0,10) e positivas com os níveis de PV na dieta. Os valores de pH ruminal não foram afetados pelos níveis de PB na dieta (P>0,10). A concentração de nitrogênio amoniacal ruminal (NAR) foi incrementada de forma linear e positiva (P<0,01) em função da elevação dos níveis de PB na dieta, com valor estimado de 8,00 mg NAR/dL de liquido ruminal, equivalente à otimização do consumo voluntário ( 9% PB). A excreção urinária de nitrogênio, a concentração de nitrogênio uréico no soro, o balanço nitrogenado aparente e o balanço nitrogenado relativo foram incrementados linearmente (P<0,01) com níveis de PB na dieta. A variação nos níveis de PB na dieta não afetou (P>0,01) as estimativas de fluxos abomasal de compostos nitrogenados microbianos (NMIC) e de eficiência de síntese microbiana (P> 0,10). O equilíbrio entre NMIC e o consumo de nitrogênio foi obtido sob o nível de 9,46% de PB na dieta. Recomenda-se a inclusão de suplementos na dieta de forma a elevar-se o nível de PB a 9% com base na MS, para que ocorra otimização na utilização de forragem tropical de baixa qualidade sob pastejo.