Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Castro, Gabriela Rodrigues de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://lattes.cnpq.br/6386768926356562
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Resumo: |
Este trabalho teve por objetivo seguir e mapear as produções de subjetividades femininas que foram tecidas em uma turma do sexto ano da Escola Estadual Santa Rita de Cássia na cidade de Viçosa, MG, no ano 2017. Entendendo que as feminilidades são produzidas a partir das relações de gênero criadas em cada contexto social, e as questões que permearam a construção deste estudo foram: Quais são as feminilidades produzidas na Turma 611? Que tipo de narrativas são construídas nesta sala? Aonde as produções das feminilidades na Escola Estadual Santa Rita de Cássia se intercruzam com as minhas? Quais composições serão possíveis a partir do nosso encontro? Encontro este que buscou dialogar com perspectiva de uma pesquisa cartográfica, a qual compreende que a produção de conhecimento é construída a partir de tramas rizomáticas que produzem inúmeras conexões constantemente. Desse modo, inseri-me nessa turma e a acompanhei por cinco semanas inteiras, convivendo, conversando, observando e relatando minhas observações em um caderno de campo. Portanto, construí narrativas por meio das conexões que iam se (e me) tramando no cotidiano dessa turma, dos casos contados pelas(os) alunas(os), dos apelidos atribuídos, das brigas, dos bilhetes escritos, das conversas virtuais e de todas as observações que pude mapear e narrar. Primeiro, trouxe as narrativas que construí de mim mesma enquanto mulher e pesquisadora. Depois, abordei narrativas que foram construídas sobre as feminilidades na sociedade ocidental, por meio de um regaste histórico do surgimento da categoria gênero. Em termos de posicionamento epistemológico, metodologicamente produzi, também, narrativas que criam mundos, rizomas. Entre os dados, apresentei os meus sujeitos de pesquisa: Joana, Jéssica, Marina e Elisa, que me possibilitaram discutir sobre a concepção de uma menina “difícil” e seus comportamentos; sobre as práticas racistas e hipersexualizadas vividas por uma garota negra; sobre o assédio de uma garota com o corpo curvilíneo e o mito da beleza ideal; e, por último, a garota que se inventa “boa moça” na frente da sua mãe e fria diante do rapaz de que gosta. Essas e tantas outras narrativas coletivas se misturavam, se contradiziam e produziam um mosaico de personalidades e relações que construíam para cada uma dessas garotas experiências individuais. Para essa construção, a Turma 611 da Escola Estadual Santa Rita de Cássia tornou-se mais do que um plano de fundo, mas parte de um rizoma. Entre linhas que se conectam, se rompem e produzem mundos, a configuração dessa turma esteve, também, entrelaçada com a política educacional brasileira e com as narrativas sociais que produzem feminilidades, entre outras conexões. |