Investir, imaginar (-se) e identificar (-se): um estudo de caso de aprendizes de francês em um curso de extensão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Masala, Marcela de Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28308
Resumo: Inserido em diversas áreas do conhecimento, o construto de identidade se faz cada vez mais presente e relevante nos estudos onde o foco é a maneira como os sujeitos se compreendem e são compreendidos por outrem, sobretudo, no âmbito da sala de aula. Embora nos deparemos com uma gama de definições, a identidade aqui é concebida, sob o viés pós-estruturalista, como "múltipla, um local de luta e sujeita a alterações ao longo do tempo e do espaço" (NORTON, 1995). Com base nos estudos sobre identidade, investimento e comunidade imaginada de alunos (as) de língua estrangeira em processo de aprendizagem no campo da Linguística Aplicada (NORTON, 1995; KANNO; NORTON, 2003; PAVLENKO; NORTON, 2007; DARVIN; NORTON, 2007; SACKLIN, 2015; WU, 2017), esta pesquisa, caracterizada como qualitativa do tipo estudo de caso, teve como objetivo identificar como os (as) aprendizes de língua francesa em contexto de um curso de extensão vêm construindo suas identidades de alunos (as) de francês em sala de aula. Outro interesse foi identificar como esses (as) alunos (as) investem na língua-alvo e como o seu vislumbre em certas comunidades imaginadas impactam em seu processo de aprendizagem de língua francesa. Para a realização deste estudo, contamos com a participação de duas turmas do Curso de Extensão em Língua Francesa (CELIF), de uma universidade federal, da Zona da Mata, do estado de Minas Gerais. Os dados desta pesquisa foram gerados mediante à três instrumentos: um questionário perfil, uma narrativa escrita e uma narrativa visual, sendo este último analisado sob a perspectiva da Gramática do Design Visual (KRESS; van LEWEEN, 2006). Os dados analisados sugerem que, enquanto alguns alunos aprendem a língua francesa pelo desejo de aprender uma outra língua estrangeira (REVUZ, 1998), outros a aprendem pois almejam alcançar sua comunidade imaginada. Ademais, os resultados também apontam que as identidades de aprendizes e de falantes vem sendo construídas tanto por meio de práticas em sala de aula, quanto fora dela. Acreditamos que esta pesquisa possa contribuir para reflexões sobre o papel do ensino e do aprendizado de línguas estrangeiras e, sobretudo, de FLE, no contexto de extensão universitária,bem como sobre a importância de se investir em políticas de formação docente, dentre outras questões de extrema relevância para a LA. Palavras-chave: Identidade. Investimento. Comunidades imaginadas. FLE.