Taxa de câmbio, taxa de juros e preços no regime brasileiro de metas de inflação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Salazar, Marlon Bruno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Mestrado em Economia Aplicada
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/12
Resumo: A implantação de um novo regime de política monetária no final da década de 1990 implicou importantes mudanças na política de combate à inflação no Brasil. Até o ano de 1999 a política monetária foi restritiva, com uma taxa de câmbio valorizada. Após julho de 1999, o Banco Central passou a ter apenas uma meta: manter a inflação sob controle; para isso, tinha como único instrumento taxa de juros. Nos anos seguintes à implantação do novo regime, a inflação convergiu para as metas fixadas; todavia, em 2002, um ano de crise política, a inflação ultrapassou o limite superior estabelecido, o que colocou dúvidas sobre o poder da taxa de juros em manter a inflação dentro dos limites. Este trabalho teve por finalidade analisar as influências da taxa de juros, taxa de câmbio e produto (PIB) sobre os preços. O modelo teórico utilizado mostra que elevação na taxa de juros implica valorização da taxa de câmbio e, conseqüentemente, redução no nível de preços da economia. Utilizou-se o modelo de Vetores Auto-Regressivos Estruturais (SVAR) para testar a importância do novo regime no controle da inflação via alterações na taxa de juros. O IPCA foi influenciado por choques não antecipados na taxa de juros, influência essa que não se repetiu quando a variável que recebe o choque é a taxa de câmbio. A taxa de juros não foi importante na determinação da taxa de câmbio; inicialmente, uma elevação na taxa de juros desvaloriza a taxa de câmbio até o terceiro mês e a partir desse mês, a influência é no sentido de valorização. Outro resultado encontrado é que aumento no IPCA provoca elevação imediata na taxa de juros, influência esta que se mantém até o sexto mês após o choque (daí em diante o efeito é negativo). Com relação à decomposição da variância dos erros de previsão, o IPCA foi o mais importante para explicar a variação da taxa de juros; a taxa de câmbio foi pouco determinada pela variação da taxa de juros, que por sua vez, foram mais importantes para explicar as variações no IPCA do que o câmbio.