Sorção, dessorção, lixiviação e meia-vida do diuron em quatro latossolos brasileiros
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Doutorado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1167 |
Resumo: | O conhecimento do comportamento dos herbicidas no solo é de fundamental importância para fazer recomendações seguras desses compostos do ponto de vista técnico e ambiental. Neste trabalho avaliou-se a sorção, dessorção, lixiviação e a meia-vida do diuron em Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA), Latossolo Vermelho-Amarelo húmico (LVAh), Latossolo Amarelo (LA) e Latossolo Vermelho (LV), com diferentes valores de pH, utilizando-se bioensaios e cromatografia liquida de alta eficiência (CLAE). A sorção e dessorção do diuron foram determinadas pelo método de Batch Equilibrium e para os estudos de lixiviação foram utilizadas colunas de PVC preenchidas com os solos e seccionadas a diferentes profundidades (0-5, 5-10, 10-15, 15-20, 20-25, 25-30 cm). Após aplicação do diuron no topo das colunas, simulou-se precipitação de 60 mm de chuva, por 4 horas. Estas permaneceram por 72 horas na posição vertical para drenagem da água, sendo posteriormente abertas longitudinalmente para retirada das amostras dos solos para quantificação do herbicida por CLAE e semeio da espécie bioindicadora (Cucumis sativus). A intoxicação e a matéria seca das plântulas foram avaliadas aos 21 dias após emergência. O ensaio de meia-vida consistiu em aplicar o diuron em vasos contendo os diferentes solos. Nestes foram retiradas amostras dos solos para quantificação do herbicida e semeada a espécie bioindicadora aos 1, 8, 15, 22, 36, 66, 96, e 156 dias após aaplicação. A intoxicação e a matéria seca das plântulas indicadoras foram avaliadas aos 21 dias após emergência. Os solos com maiores teores de matéria orgânica, LVA e LVAh, apresentaram maiores coeficientes de sorção. O processo de dessorção do diuron foi inverso ao de sorção. A movimentação descendente do diuron foi maior no LV, solo que apresentou textura arenosa e o menor teor de matéria orgânica. A elevação do pH aumentou a concentração do herbicida nas camadas superficiais do solo evidenciando maior sorção. O bioensaio foi eficiente em detectar a presença do diuron, até mesmo em camadas mais profundas dos solos LVA pH 5,9, LV pH 5,0, LV pH 6,2 e LA pH 6,3, onde o herbicida se encontrava em baixas concentrações. Os valores de meia-vida estimados do diuron foram de 40, 46, 89, 90 e 91 dias para o LV pH 6,2, LA pH 6,3, LV pH 5,0, LVA pH 5,9 e LVA pH 5,0, respectivamente. A sorção, dessorção, lixiviação e meia-vida do diuron são influenciadas pelas características físicas e químicas dos solos. Maiores teores de matéria orgânica nos solos favorecem a sorção e a persistência (meia-vida) e desfavorecem a lixiviação e a dessorção do diuron. Aplicações do diuron em solos arenosos com baixo teor de matéria orgânica representam alto risco ambiental, principalmente em solos com lençol freático mais rasos. |