Globalização, desenvolvimento econômico e o agronegócio brasileiro na década de 90

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Lima, Maria do Socorro Erculano de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8911
Resumo: O processo de globalização da economia brasileira foi impulsionado na década de 90, quando o Brasil atravessava uma fase crítica, nos campos econômico, social e político. A implantação do Plano Collor, em março de 1990, conduziu a economia brasileira a uma recessão profunda: o desemprego aumentou, os salários reais caíram, os programas sociais foram reduzidos. Nesse contexto, foram retiradas as barreiras ao movimento de mercadorias e capitais, com o argumento de que, ao expor os setores produtivos internos à concorrência externa, haveria ganhos de produtividade e, em decorrência, a economia e a sociedade brasileiras seriam beneficiadas, uma vez que estes ganhos seriam suficientes para conduzir o país ao nível de desenvolvimento equiparável aos países do Primeiro Mundo. A partir de 1994, com a implantação do Plano Real, todas as políticas implementadas tiveram o objetivo central de garantir a estabilidade monetária e, para tanto, as barreiras comerciais foram reduzidas, aumentando-se as importações de forma considerável, favorecendo o consumidor no curto prazo. Contudo, no longo prazo, estes benefícios tendem a ser eliminados, aumentando o desemprego; comprimindo os salários e aumentando o grau de concentração do mercado, devido ao grande número de fusões e aquisições de empresas nacionais. Destarte, a falta de objetivos com relação ao desenvolvimento nacional fez com que o país não atingisse nem o desenvolvimento para fora (meta neoliberal), nem o desenvolvimento para dentro (meta nacionalista). Portanto, é oportuno que haja um modelo de desenvolvimento que, à semelhança dos países desenvolvidos, saiba conciliar protecionismo com liberalismo. Tal modelo só será possível se pautado no planejamento estratégico para o desenvolvimento, contemplando a reestruturação da economia (sobretudo no que tange ao mercado interno) para a efetiva inserção competitiva no mercado internacional.