Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Soares, Karina Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19793
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Resumo: |
Introdução: a gestação que atinge o pós-datismo, definido em 42 semanas de duração, está sob o risco de intercorrer com aumento de morbi-mortalidade materno-infantil. Visando a diminuição das intercorrências do pós-datismo, o protocolo do serviço da maternidade do Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves (HURTN) estabelece que pacientes com 41 semanas completas de gestação sejam admitidas para indução do parto. O misoprostol é um análogo sintético da prostaglandina utilizado para o amadurecimento cervical que antecede a indução. Objetivo: o estudo se propõe a avaliar o desfecho do processo de amadurecimento cervical com misoprostol em gestações prolongadas com 41 semanas ou mais no HURTN. Pacientes e métodos: foram analisadas 607 gestantes submetidas ao processo de amadurecimento cervical com misoprostol, no período de julho de 2007 a dezembro de 2015. Os dados foram colhidos retrospectivamente nos prontuários e as variáveis analisadas foram: via de parto, idade, paridade, medida de útero pela fita, uso de ocitocina, quantidade de comprimidos de misoprostol, taquissistolia uterina, amniotomia, vitalidade fetal, APGAR de 1 e 5 minutos e peso do recém-nascido. Resultados: Das 607 pacientes submetidas ao amadurecimento cervical com misoprostol, 189 pacientes (31,1%) foram submetidas a parto cesariano e 418 pacientes (68,9%) evoluíram para o parto vaginal, sendo 2 auxiliados com vácuo extrator e 46 auxiliados com fórcipes. As variáveis preditoras do modelo final que apresentam influência estatisticamente significativa (p < 0,05) no desfecho tipo de parto (cesariano ou vaginal) são: idade da paciente (anos), paridade (nenhuma ou ≥ 1), medida de útero com fita (cm), quantidade de misoprostol (comprimidos de 25 μg utilizados), índice de Bishop (medida real do índice) e taquissistolia (sim ou não). Conclusões: A taxa de 31,1% de parto cesariano em pacientes submetidas ao amadurecimento cervical está próxima da preconizada pela OMS- 30% e de outros estudos já publicados. De acordo com os resultados obtidos no estudo, as mulheres com idade mais avançada, nulíparas, que possuem maior medida de útero-fita, maior quantidade de misoprostol utilizado, com índice de Bishop mais baixo e com presença de taquissistolia uterina, submetidas a amadurecimento cervical com misoprostol, têm mais chance de serem submetidas ao parto cesariano. O modelo de cálculo proposto para prever o parto cesariano ainda precisa ser aperfeiçoado por outras variáveis e fatores. |