Manejo da irrigação na indução floral e na fase produtiva da mangueira Tommy Atkins em condições semiáridas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Faria, Leandro Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ
Doutorado em Engenharia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/783
Resumo: Algumas das maiores dificuldades da mangicultura brasileira estão relacionadas à época de produção dos frutos e a irregularidade da produção. As condições climáticas da região, aliadas à irrigação, favorecem o aumento da produtividade em virtude da adaptação e do comportamento diferenciado das plantas. A técnica que utiliza o estresse hídrico para a indução floral da mangueira normalmente consiste na redução gradual da quantidade de água de irrigação, visando uma maturação mais rápida e uniforme dos ramos, com a planta fotossintetizando e acumulando reservas, porém, sem vegetar. Dessa maneira, objetivou-se definir o manejo da irrigação na indução floral e na fase produtiva da mangueira Tommy Atkins em condições semiáridas. O delineamento experimental usado no artigo 1 foi blocos casualizados, com sete tratamentos e seis repetições para o manejo da irrigação com déficit controlado - RDI e cinco tratamentos e seis repetições para o manejo da irrigação lateralmente alternada - PRD, sendo cada planta equivalente a uma unidade experimental. As lâminas foram reduzidas a partir de 100% da evapotranspiração diária da cultura. Os tratamentos referentes à RDI e a PRD foram aplicados nas três fases de desenvolvimento dos frutos, FI - do início da floração até o pegamento dos frutos, (65 dias); FII - desenvolvimento do fruto (30 dias); e FIII - maturação fisiológica do fruto (25 dias). Os tratamentos para o manejo RDI foram: T1 (irrigação plena em todas as fases de desenvolvimento dos frutos, 100% ETc); T2 (100% da ETc na FII e FIII e 50% da ETc na FI); T3 (100% da ETc na FI e FIII e 50% da ETc na FII); T4 (100% da ETc na FI e FII e 50% da ETc na FIII); T5 (100% da ETc na FII e FIII e 75% da ETc na FI); T6 (100% da ETc na FI e FIII e 75% da ETc na FII) e T7 (100% da ETc na FI e FII e 75% da ETc na FIII). Na PRD, os tratamentos foram: T1 (irrigação plena, 100% da ETc no método de gotejamento convencional); T2 (irrigação plena, 100% da ETc); T3 (80% da ETc); T4 (60% da ETc) e T5 (40% da ETc), sendo T2, T3, T4 e T5 PRD com alternância do lado a ser irrigado a cada 15 dias desde a floração até a colheita.Nos artigos 2 e 3 o delineamento experimental foi blocos casualizados, constituídos por cinco tratamentos aplicados em duas fases de desenvolvimento, FI-floração e FII- frutificação. Os tratamentos foram: T1 (0% da ETc, sem irrigação na FI e 100% na FII), T2 (25% da ETc na FI e 100% na FII), T3 (50% da ETc na FI e 100% na FII), T4 (75% da ETc na FI e 100% na FII) e T5 (100% da ETc em FI e FII). Não houve efeito dos tratamentos com PRD sobre a produtividade da mangueira, no entanto a estratégia de irrigação lateralmente alternada, PRD a cada 15 dias com 40% da ETc proporcionou maior eficiência de uso da água. Para ambos os manejos a classe de fruto com maior produção foi a 350 a 550 g. As fases de expansão e maturação fisiológica do fruto são mais apropriadas para aplicação da RDI, com 50% e 75% da ETc, sem prejuízo à produtividade na cultura da mangueira e com maior eficiência de uso da água.As taxas de fotossíntese e de transpiração de mangueira 'Tommy Atkins' nas fases de florescimento e frutificação são maiores às 8:00 que às 14:00 horas, independentemente das estratégias de redução de lâminas de irrigação utilizadas. Estratégias de redução de lâminas de irrigação no processo de indução floral conduzem a menores valores de fotossíntese, transpiração e de potencial hídrico foliar da mangueira 'Tommy Atkins' na fase de florescimento. As características produtivas não foram influenciadas pelas estratégias de redução de lâminas de irrigação no processo de indução floral da mangueira 'Tommy Atkins', apenas pelos ciclos avaliados. As estratégias de redução de lâminas de irrigação baseadas na evapotranspiração do cultivo, ETc, T1 (0% da ETc, sem irrigação na FI e 100% na FII) e T2 (25% da ETc na FI e 100% na FII), são adequadas ao processo de indução floral da mangueira 'Tommy Atkins'. Os teores de P, K, Mg e Cu nas folhas de mangueira 'Tommy Atkins' variaram entre fases e ciclos, independentemente das estratégias de redução de lâminas utilizadas no processo de indução floral. Os teores de N, Ca, B, Fe, Mn e Na nas folhas de mangueira 'Tommy Atkins' variam com os estádios de florescimento e frutificação e com os ciclos produtivos, de forma independente. Os teores foliares de nitrogênio ficaram acima da faixa de suficiência nos diferentes estádios de desenvolvimento e ciclos avaliados. Os teores de clorofila a, b e total variaram com a época da leitura, de forma independente.