Resposta bioquímica de lagartas de Thyrinteina leucoceraea (Lepidoptera: Geometridae), submetidas ao inibidor de serinoproteases benzamidina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Marinho, Jeanne Scardini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Mestrado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3943
Resumo: Os insetos são responsáveis por grandes perdas nas plantas, por isso há a necessidade de controlá-los. Entretanto, alguns insetos convivem com as plantas sem causarem danos, não havendo, portanto, necessidade de se realizar o controle. Esse é o caso da Thyrinteina leucoceraea se alimentando da goiabeira, espécie nativa da família das Myrtaceae. O Eucalyptus ssp., entretanto, é exótico, vindo da Austrália, também pertence à família das Myrtaceae, e tem sofrido danos pela T. leucoceraea, que se tornou uma praga séria à eucaliptocultura brasileira. Sabe-se que as plantas, em geral, reagem aos danos que sofrem. Existem nas plantas compostos chamados inibidores de proteases que podem ser produzidos nelas como resposta ao ataque de insetos. A introdução de genes que codificam a produção de inibidores de proteases em plantas constitui em método que vem sendo muito estudado por conferir resistência a insetos; além disso, muitas pesquisas vêm demonstrando o potencial dos inibidores de proteases introduzidos na dieta com a finalidade de prejudicar o desenvolvimento do inseto. Assim, o presente trabalho teve por objetivo verificar a produção de inibidores de proteases pelas plantas de goiaba, hospedeiro aparentemente resistente, e de eucalipto quando atacadas pela T. leucoceraea, bem como a resposta bioquímica dessas lagartas quando ingeriram o inibidor de serino-proteases benzamidina em ambos os hospedeiros, em três diferentes concentrações: 0,12, 0,25 e 0,5%, para avaliar sua possibilidade de uso no controle do inseto. Verificamos que as plantas de eucalipto produziram mais inibidores de proteases do que as plantas de goiaba. A capacidade da T. leucoceraea em se desenvolver bem no eucalipto mesmo com a alta concentração de inibidores, pode ser explicada observando as atividades das enzimas nos intestinos das lagartas. A T. leucoceraea parece ter desenvolvido uma adaptação ao inibidor produzido pela planta de eucalipto e responde com uma elevação da atividade das serino-proteases, o que pode ser devido a uma ativação enzimática frente à ingestão crônica do inibidor. A benzamidina interferiu na resposta bioquímica das lagartas, entretanto não se mostrou eficiente em reduzir a atividade enzimática no intestino médio delas, provavelmente devido à adaptação das mesmas ao inibidor de proteases