Diversidade citogenética em Apidae (Hymenoptera) com foco na evolução cromossômica da tribo Meliponini

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cunha, Marina Souza da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28155
Resumo: A família Apidae engloba cerca de 20.000 espécies descritas no mundo. Destas, em torno de 200 espécies já foram cariotipadas e sabe-se o tamanho de genoma de apenas 70. A maioria destes estudos são focados na tribo Meliponini, conhecidas como abelhas sem ferrão. Nessa tribo, o número cromossômico varia de n=8 até n=17 na região neotropical, sendo possível reconhecer três grupos: n=9, n=15 e n=17. Os objetivos desta tese foram: (i) fazer uma revisão dos estudos citogenéticos publicados com abelhas e construir um domínio online para que os dados fiquem disponíveis permanentemente; (ii) isolar sequências altamente repetitivas em duas espécies do gênero Melipona para entender os padrões de crescimento e acumulação de heterocromatina neste gênero; (iii) entender como o número cromossômico e o tamanho do genoma influenciaram a evolução cariotípica das abelhas sem ferrão; (iv) identificar os rearranjos cromossômicos que ocorreram durante a evolução cariotípica da tribo Meliponini através da citogenética molecular. Como resultados, (i) o site www.bees.ufop.br foi criado, possibilitando fácil acesso a pesquisadores interessados em grupos específicos, bem como na identificação de padrões gerais para toda a família Apidae, mostrando os avanços da citogenética de abelhas no último século. (ii) O isolamento das sequências altamente repetitivas em espécies do gênero Melipona, através da técnica de c 0 t-1, indicaram a independência do crescimento da heterocromatina nos subgêneros Michmelia e Melikerria e, ainda, possibilitou a inferência da origem dos cromossomos B por hibridização interespecífica em Melipona quinquefasciata. Um possível cenário para o crescimento da heterocromatina neste gênero foi hipotetizado. (iii) Através da coleta de representantes dos três grupos de Meliponini neotropical foi possível abranger a variação de número diploide de n=8 até n=17, e uma variação do tamanho de genoma de 1C=0,31 pg até 1C=0,92 pg. Esses dados foram combinados à filogenia existente da tribo e foram usados para inferir a importância das fusões Robertsonianas que levaram à diminuição do número cromossômico durante a evolução do clado Meliponini neotropical. (iv) Os marcadores microssatélites confirmaram a importância das fusões Robertsonianas na evolução do clado Meliponini neotropical a partir de um possível ancestral n=15 na separação do grupo 1 e n=17 na separação dos grupos 2 e 3. Conclui-se, também, que o aumento do número de regiões 18S rDNA e a diminuição donúmero cromossômico se deu de maneira independente entre os gêneros, e que o microssatélite (TTAGG) 6 constitui a sequência telomérica das abelhas sem ferrão. Palavras-chave: Abelhas. C 0 t-1. Caracterização da cromatina. FISH. Sequências repetitivas. Tamanho de genoma nuclear.