Polimorfismos nos genes FTO, MC4R e MTMR9 e suas associações com o risco cardiometabólico e dieta inflamatória na infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Mariane Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28720
Resumo: As doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade por doenças crônicas não transmissíves no mundo. Entre os fatores de risco relacionados ao risco cardiometabólico têm-se os hábitos alimentares, com o consumo de uma dieta pró- inflamatória, e os fatores genéticos. O Fat Mass and Obesity Associated (FTO), Receptores de Melanocortinas Tipos 4 (MC4R) e Proteína relacionada a miotubularina (MTMR9) são genes responsáveis pelo controle das preferências e ingestão alimentar, e por consequência do peso corporal e outras desordens metabólicas. Entender a relação entre os fatores ambientais e genéticos é de grande importância para que as intervenções sejam mais efetivas. Diante disso, o objetivo deste estudo é avaliar a associação dos polimorfismos nos genes FTO, MC4R e MTMR9 com o risco cardiometabólico e o perfil inflamatório da dieta em crianças. Trata-se de um estudo transversal, com crianças de 4 a 9 anos, avaliadas no Programa de Apoio à Lactação (PROLAC) e na Pequisa de Avaliação da Saúde do Escolar (PASE). O material genético foi coletado pelo swab bucal e realizada a genotipagem dos porlimorfismos rs9939609 do gene FTO, rs17782313 próximo ao gene MC4R e rs2293855 do gene MTMR9. Foi realizada avaliação antropométrica (peso e altura) e da composição corporal (% gordura corporal total). O risco aterogênico foi avaliado por meio dos marcadores de dislipidemias, tais como colesterol total, HDL-c, LDL-c, triglicerídeos, índices de Castelli I (CT/HDL-c) e II (LDL-c/HDL-c), coeficiente aterogênico (CA), índice de combinação de lipoproteína (LCI) e índice aterogênico do plasma (AIP). Foi aplicado um questionário semiestruturado contendo questões referentes a dados sociodemográficos e de estilo de vida, além de Recordatórios 24 horas (R24H) e Registros Alimentares, em dias não consecutivos. A partir dos inquéritos alimentares foi realizado o cálculo do Índice Inflamatório da Dieta Infantil (IID-I). Observou-se que o alelo de risco do gene MTMR9 foi negativamente associado ao HDL-c e positivamente relacionado aos marcadores de dislipidemias (TC/HDL-c, LDL-c/HDL-c e AC). Crianças com pelo menos um polimorfismo no escore genético foram negativamente associadas ao HDL-c e positivamente associadas ao CT/HDL-c, AC, LCI, AIP e IID-I. O alelo de risco do gene FTO também foi associado a maiores valores do IID-I. Os resultados desse estudo apontam que os genes estão associados ao maior risco cardiometabólico e à dieta pró- inflamatória na infância. O alelo de risco do gene MTMR9 e o escore genético foram associados ao maior risco aterogênico, e o alelo de risco do gene FTO associado ao consumo de uma dieta mais pró-inflamatória. Palavras-chave: Crianças. Polimorfismos genéticos. Dieta. Dislipidemia. Doenças cardiovasculares. Inflamação.