Enriquecimento com CO2 por meio de compostagem para a cultura do tomateiro em ambiente protegido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Caliman, Fabiano Ricardo Brunele
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Doutorado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1087
Resumo: Este trabalho teve o objetivo de avaliar a utilização da compostagem como fonte de CO2 e seu efeito na produtividade do tomateiro, na qualidade dos frutos e na partição de fotoassimilados. Foram realizados dois cultivos de outono-inverno nos anos 2005 e 2006, na Horta de pesquisa do Departamento de Fitotecnia, na Universidade Federal de Viçosa, MG. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados com oito repetições no ano 2005 e com 12 repetições no ano 2006. No primeiro ano foram utilizadas as cultivares Andrea, Débora Plus e Rebeca e no segundo as cultivares Andrea e Alambra. As plantas foram cultivadas em ambiente protegido normal (AP normal), ambiente protegido com enriquecimento de CO2 (AP + CO2), e numa área de campo, sob condições naturais. Como fonte de CO2 no AP + CO2 foi utilizada a compostagem. Foram avaliadas as produções total e comercial classificada, o índice de precocidade das plantas, a qualidade dos frutos no que se refere ao teor de sólidos solúveis totais (SST), pH, acidez total titulável (ATT) e a relação sólidos solúveis totais/acidez total titulável (SST/ATT). No cultivo do ano 2006 foram avaliadas a espessura do mesocarpo, a firmeza dos frutos, a partição de fotoassimilados e o acúmulo de massa seca (MS) nas plantas. A compostagem foi eficiente como fonte de CO2, elevando a concentração para aproximadamente 750 µL/L. O enriquecimento de CO2 não alterou a produtividade das plantas, entretanto, proporcionou maior precocidade de produção nas cultivares Andrea e Débora Plus no ano 2005. Neste ano, o pH variou de 3,79 a 4,40, com valores mais elevados no AP normal. Em 2006, não houve diferença no pH dos frutos do Andrea e o pH dos frutos da cv. Alambra foi maior no AP normal. O teor de SST variou entre 2,94 ºBrix e 4,88 ºBrix, sendo maior nos frutos produzidos no campo no ano 2005, exceto nos frutos da cv. Andrea, que foi semelhante entre os ambientes. No ano 2006 foi semelhante nos AP + CO2 e campo. A ATT variou de 0,23% a 0,30% e, no ano 2005, apenas a cv. Andrea apresentou variação entre os ambientes de cultivo, sendo maior no campo. No ano 2006 também foi observada maior acidez nos frutos produzidos no campo. A relação SST/ATT variou de 11,90 a 16,75 e, no ano 2005, foi maior nos frutos da cv. Rebeca produzidos no campo. No ano 2006, entretanto, na cv. Andrea a relação foi semelhante entre o AP + CO2 e o campo e na cv. Alambra foi maior no AP + CO2. O acúmulo de MS foi maior nos ambientes protegidos se comparados ao campo. A cv. Andrea acumulou 786,39 g de MS/pl no AP + CO2, 815,49 g/pl no AP normal e 637,41 g/pl no campo. A cv. Alambra acumulou 766,68 g de MS/pl no AP + CO2, 824,35 g/pl no AP normal e 592,44 g/pl no campo. O maior dreno de fotoassimilados foram os frutos, que acumularam 59%, 63% e 72% da MS produzida pelas plantas nos AP + CO2, AP normal e campo, respectivamente. O enriquecimento de CO2 não afetou a produção das plantas e a partição de fotoassimilados. Entretanto, a qualidade dos frutos produzidos no AP + CO2 no ano 2006, no que se refere ao teor de SST e à relação SST/ATT, melhorou, pois se assemelhou à dos frutos produzidos no campo, ambiente onde a qualidade dos frutos é geralmente melhor que em ambiente protegido.