Síntese de biofilmes dopados com nanopartículas de prata: caracterização e aplicação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Arthur Brandão Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28260
Resumo: Atualmente, as embalagens plásticas são muito utilizadas para o armazenamento de alimentos, devido à degradação dessas matrizes por microrganismos. Contudo, o uso intensivo e inadequado desses materiais trouxe graves problemas ambientais. Com isso, tecnologias de substituição dessas embalagens por materiais com menor tempo de degradabilidade vêm sendo desenvolvidas. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo produzir um biofilme a partir do biopolímero metil celulose e dopá-lo com nanopartículas de prata (NP’s Ag), visando incorporar atividade antimicrobiana à embalagem. As NP’s Ag foram sintetizadas via síntese verde empregando extrato de erva mate (Ilex paraguariensis), obtendo-se nanopartículas com tamanho médio de 45 nm, com banda de absorção característica em 450 nm e potencial zeta de -23mV. A presença de grupos funcionais presentes no extrato, como os polifenóis, compostos responsáveis redução da prata para síntese das NP’s Ag foram identificados por espectroscopia no infravermelho. A síntese dos biofilmes ocorreu pelo método de casting, utilizando diferentes volumes (0, 6, 12, 18 e 24 mL) de NP’s Ag, sem (T1-T5) e com agente plastificante (T6-T10), o glicerol. As propriedades mecânicas, a estabilidade térmica e a barreira ao vapor de água dos filmes foram avaliadas, sendo que a adição de NP’s Ag não modificou tais propriedades. Em contrapartida, a adição de agente plastificante diminuiu a resistência à tração e o módulo de elasticidade, além de aumentar a elongação dos filmes e a barreira ao vapor d’ água. Em especial, o filme T10 (24 mL de suspensão) apresentou uma transmitância de 9%, possuindo capacidade de ser utilizado como bloqueador de luz UV, que é uma característica interessante para embalagens alimentícias. Por Microscopia Eletrônica de Varredura foi possível verificar que as NP’s Ag foram incorporadas com êxito aos filmes. A atividade antibacteriana foi avaliada para bactérias gram-positivas (Staphylococcus aureus, Listeria innocua) e gram-negativas (Escherichia coli, Pseudomonus fluoresncens). Os biofilmes apresentaram atividade frente a bactéria Pseudomonus fluoresncens. Portanto, pode-se concluir que foi produzido um biofilme “ECO- FRIENDLY”, com atividade contra a bactéria Pseudomonus fluoresncens, podendo ser utilizado em embalagens alimentícias. Como sugestão de trabalhos futuros, propõe-se a avaliação e quantificação da difusão de NP’s Ag em matrizes lácteas, como queijo. Palavras-chave: Química verde. Sustentabilidade. Nanotecnologia. Biopolímeros. Eco- friendly. Nanopartículas metálicas