Avaliação de diferentes métodos de extração de carotenoides da polpa e torta da macaúba com solventes verdes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Guerra, Danúbia Joanes Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Ciência e Tecnologia de Alimentos
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/33428
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.654
Resumo: A macaúba (Acrocomia aculeata) é uma palmeira nativa do Brasil, conhecida por sua alta produtividade e versatilidade no uso do fruto, o que permite a utilização integral. A polpa da macaúba é rica em óleo, fibra alimentar e carotenoides. Após a extração do óleo, obtém-se a torta, um coproduto utilizado na produção de ração animal, devido à qualidade de seu conteúdo nutricional e à ausência de fatores complexantes, como fitatos e taninos. Na literatura, ainda não foram encontrados estudos que avaliassem a otimização da extração de carotenoides da polpa e da torta da macaúba utilizando solventes Geralmente Reconhecidos como Seguros (GRAS). Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi otimizar a extração dos carotenoides presentes na polpa e na torta da macaúba, utilizando diferentes métodos, para avaliar o efeito do calor e ultrassom, e solventes GRAS. Foram realizadas análises de umidade, lipídios, cinzas, proteínas, carotenoides totais, e fibra alimentar total, incluindo suas frações insolúveis e solúveis das farinhas de polpa e torta de macaúba. Otimizações da extração de carotenoides foram realizadas com acetato de etila, etanol e álcool isopropílico, solventes verdes, para avaliação do efeito da temperatura e ultrassom na extração de carotenoides da polpa e torta de macaúba. A polpa da macaúba apresentou alto teor de umidade (33,25%), lipídios (57,59%) e fibra alimentar total (27,31%), com a maior parte das fibras sendo insolúveis (20,96%). A torta apresentou menor umidade em comparação com a polpa e um teor reduzido de lipídios (26,51%). O acetato de etila se destacou como melhor solvente para extração de carotenoides da macaúba. O ponto ótimo de extração de carotenoides totais em banho- maria (BM-efeito da temperatura/tempo) foi a 60°C por 30 minutos, obtendo um valor de 219,33 µg/g. No ultrassom (UT), a condição otimizada também foi na mesma temperatura e tempo, com frequência de 45 kHz, resultando em 277,55 µg/g. O método tradicional, utilizando acetona, apresentou a maior média de extração, com 369,21 µg/g. Para a torta, a extração sob condições otimizadas obteve uma média de carotenoides totais de 106,33 µg/g (BM) e 124,23 µg/g (UT), e de 210,96 µg/g para o método tradicional. Os resultados indicaram que os carotenoides da polpa e torta de macaúba foram extraídos de modo eficaz com acetato de etila e técnicas otimizadas, destacando o calor e o ultrassom como fatores cruciais para a eficiência, mesmo em temperaturas mais baixas. Dessa forma, carotenoides da macaúba podem ser extraídos de forma eficiente, utilizando solventes GRAS, o que estimulará sua utilização como corante natural e antioxidantes (em suplementos). O estudo também ressalta a macaúba como uma fonte promissora de compostos bioativos e propõe o aproveitamento dos resíduos da extração como fonte de fibras, contribuindo para a saúde e a sustentabilidade ambiental. Palavras-chave: Macaúba; Sustentabilidade. Compostos bioativos; Tecnologias de extração.