Transporte de juvenis de carpa ornamental (koi), Cyprinus carpio: efeito do óleo de hortelã e do tempo de jejum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Reis, Sendy Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7193
Resumo: Durante o processo de criação e comercialização de peixes ornamentais existem muitos fatores que podem causar estresse nos peixes, sendo o transporte um dos principais. O estresse pode prejudicar a saúde e comprometer a sobrevivência dos peixes, podendo causar prejuízos aos produtores. O uso de anestésicos durante os procedimentos de manejo e transporte, bem como o jejum antes do transporte vêm sendo utilizados a fim de minimizar as respostas de estresse dos peixes ornamentais. Dentre os produtos com potencial anestésico em peixes destacam-se os produtos naturais, como os óleos extraídos de plantas. No presente estudo avaliou-se a utilização do óleo de hortelã, extraído da planta Mentha piperita, como anestésico para juvenis de carpa ornamental, Cyprinus carpio. Para tanto, foram realizados dois experimentos. O primeiro experimento avaliou a eficácia e a segurança do óleo de hortelã como anestésico para C. carpio e o segundo experimento avaliou o efeito do óleo de hortelã como sedativo durante o transporte de C. carpio submetidos a diferentes tempos de jejum. No primeiro experimento as concentrações testadas foram de 0, 25; 50; 75; 100; 125; 150 e 175 mg L-1 de óleo de hortelã. Para a escolha das concentrações de óleo de hortelã a serem avaliadas no segundo experimento foi realizado um pré experimento. Foi avaliada a segurança do uso do óleo de hortelã durante exposição prolongada em baixas concentrações (10, 20, 30, 40 e 50 mg L-1 de óleo de hortelã). No segundo experimento foram avaliadas três concentrações de óleo de hortelã (0; 15; 30 mg L-1 de óleo de hortelã), dois tempos de jejum (12 h e 24 h) e quatro repetições. O óleo de hortelã mostrou-se eficaz como anestésico para C. carpio, sendo recomendadas concentrações entre 50 e 71,41 mg L-1. O óleo de hortelã é seguro como anestésico em concentrações até 150 mg L-1 por 5 minutos e é seguro como sedativo para C. carpio em concentrações até 15 mg L-1 por 24 horas. No transporte, o óleo de hortelã não reduziu os danos oxidativos e não aumentou as respostas antioxidantes nas brânquias. Na concentração de 30 mg L-1 o óleo de hortelã causou aumento na mortalidade e nas respostas de estresse dos peixes. Observou-se aumento do produto da peroxidação lipídica, o malondialdeido e da atividade das enzimas antioxidantes catalase e superóxido dismutase nas brânquias dos peixes submetidos a 24 h de jejum antes do transporte. Assim, conclui-se que o óleo de hortelã é eficaz como anestésico em concentrações acima de 50 mg L-1, porém, não reduz as respostas de estresse e os danos oxidativos durante o transporte de C. carpio. O jejum de 24 h causa maior estresse oxidativo em C. carpio quando comparado ao jejum de 12 h.