Níveis de inclusão de L-Glutamina em dietas para juvenis de trairão (Hoplias lacerdae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ramos, Alfredo Rubén Palomino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biologia e Manejo animal
Mestrado em Biologia Animal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2298
Resumo: A determinação das exigências nutricionais por aminoácidos para cada espécie animal, e seus efeitos sobre o crescimento e a composição corporal, assim como sobre a qualidade da carne, é de fundamental importância para se estabelecer dietas de alto valor nutricional. A glutamina é um aminoácido do grupo dos aminoácidos não essenciais, em função dos animais terem a capacidade de sintetizá-la. Estudos recentes evidenciaram que a glutamina pode ser considerada condicionalmente essencial, ou seja, essencial quando os peixes são submetidos a situações de desafios, onde ocorre elevada degradação proteica. A glutamina participa de importantes funções metabólicas como a síntese dos nucleotídeos purina e pirimidina, o transporte e doação do nitrogênio, a regulação do equilíbrio ácido-base, a integridade tecidual, além de estimular a síntese proteica muscular. A glutamina também atua no desenvolvimento de células intestinais, estimulando o desenvolvimento das vilosidades, promovendo aumento na superfície de contato do intestino, melhorando a digestão e a absorção dos nutrientes pelo intestino e consequentemente o ganho de peso dos animais. Assim, com o presente estudo objetivou-se avaliar a utilização de L-glutamina em dietas para juvenis de trairão (Hoplias lacerdae). Este projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal de Viçosa CEUA/UFV, como parte do processo No 24/2013. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos (0,0; 2,0; 4,0; 6,0; 8,0 e 10,0 g/kg de L-glutamina) e cinco repetições. Quinhentos e dez juvenis de trairão com peso médio de 1,69 ± 0,10 g e comprimento xiipadrão médio de 4,67 ± 0,10 cm, previamente condicionados a aceitar dietas artificiais, foram distribuídos em 30 aquários circulares de polietileno (100 L) contendo 20 litros de água, em sistema de recirculação, na densidade de 0,85 peixe/litro. Os peixes dos diferentes tratamentos foram alimentados até a saciedade nos horários de 8, 12 e 18 horas. Ao final do experimento, 12 semanas, foram avaliados os seguintes parâmetros de desempenho produtivo: taxa de sobrevivência, ganho de peso, ganho de comprimento, conversão alimentar, taxa de crescimento específico, taxa de eficiência proteica, uniformidade de comprimento e de peso final, rendimento de carcaça, comprimento do intestino, e os índices viscerossomático, hepatossomático e intestinossomático. Também foi avaliada a composição química das dietas e dos peixes, em relação aos teores de matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, cinzas totais e energia bruta, e o perfil de aminoácidos das dietas. Amostras da parte mediana e posterior do intestino dos peixes foram coletadas para análises histomorfométricas, quando foi mensurada a espessura da túnica muscular, e as medidas de altura, espessura da base e espessura mediana das vilosidades. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA, P<0,05), e em caso de diferenças significativas, foi realizado análise de regressão polinomial (P <0,05). Não houve diferença significativa entre os níveis de glutamina da dieta e os parâmetros de desempenho produtivo e de composição química dos peixes. Houve efeito quadrático apenas para a altura das vilosidades da porção mediana e para a espessura da túnica muscular das duas porções do intestino dos peixes dos diferentes tratamentos. Os níveis de glutamina que proporcionaram os maiores valores para esses parâmetros foram estimados em 5,42 g/kg, 5,40 g/kg e 5,21 g/kg, respectivamente. Conclui-se que a suplementação de L-glutamina para juvenis de trairão encontra-se na faixa de 5,21 a 5,42 g/kg.