Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Renata Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9709
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Resumo: |
A participação de indivíduos com deficiência no que se refere às ocupações diárias tem sido considerada um importante indicador de funcionalidade por pais e profissionais da área da saúde. Este constructo tem sido incorporado à literatura científica levando a uma crescente necessidade da disponibilização de instrumentos específicos voltados para a avaliação das atividades de vida diária (AVD) de sujeitos com deficiência. Contudo, não se pode observar em nossa cultura instrumentos para avaliar a realização de AVDs especificamente em sujeitos com Síndrome de Down (S.D.) e Autismo. Portanto o presente estudo tem por objetivos: traduzir e adaptar transculturalmente a escala W-ADL de avaliação de atividades de vida diária para sujeitos com S.D. e Autismo; além de testar a validade de conteúdo da escala; analisando a consistência interna, confiabilidade, efeito teto e efeito piso, e sensibilidade do instrumento. A escala“Waisman activities of daily living scale” é um instrumento composto por uma escala de dezessete itens (17), que enumera de 0 a 2 a capacidade de se desenvolver atividades do cotidiano, na qual 0= não realiza a atividade, 1= realiza com auxílio e 2= realiza sem auxílio. A escala é respondida pelos pais/responsáveis ou cuidadores dos indivíduos com S.D. e Autismo. Utilizou-se o referencial metodológico de Beaton et al (2000) para a realização da tradução e retrotradução feitas por dois tradutores independentes, seguidas da avaliação de equivalência semântica, idiomática e cultural da versão traduzida, realizada por um comitê de especialistas. A versão traduzida e adaptada foi submetida à análise do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). A versão traduzida, adaptada e com a validade de conteúdo verificada foi administrada em uma amostra de 74 cuidadores de sujeitos com deficiência, sendo 40 com S.D. e 34 com Autismo, com idade média de 20,04 anos. A consistência interna do instrumento foi avaliada através do coeficiente Alpha de Cronbach, e a estabilidade da escala foi avaliada através do teste-reteste (n=39) utilizando o Índice de Correlação Intraclasse. Verificou-se também o efeito teto e o efeito piso, e a sensibilidade do instrumento foi testada utilizando o teste de Kruskall-Wallis e o de Mann-Whitney como post hoc. No processo de tradução e adaptação transcultural, todas as divergências encontradas foram solucionadas no comitê de peritos em consenso. Na análise do IVC, dois itens (5, 16) foram excluídos por não atingirem pontuação suficiente no que se refere à relevância (IVC i 5=0,5) e dimensão teórica (IVC i 5=0,16; IVCi16=0,66). O IVC total do conjunto apresentou valores satisfatórios, acima de 0,80, e o IVC total apresentou um valor acima de 0,90. Encontrou-se valores de alpha superiores a 0,91 e altos índices de correlação no teste-reteste (ICC= 0,99). Não se observou efeito teto e efeito piso. Ao se analisar a faixa etária dos sujeitos, encontrou-se diferença significativa ao se comparar o grupo de adolescentes e adultos (X= - 3,419; p=0,001) e o grupo de crianças e adultos (Z= - 3,419; p=0,001), porém não foi encontrada diferença ao se comparar o grupo de crianças e adolescentes. Conclui-se, portanto, que a versão brasileira do instrumento de atividade de vida diária (EAVD-W) apresenta equivalências semântica, idiomática e de conteúdo além de boas evidências de consistência interna, confiabilidade e sensibilidade. Contudo, fazem-se necessários estudos futuros que busquem testar as propriedades psicométricas da escala. |