Termoanálises de matéria orgânica e vulnerabilidade à contaminação por metais pesados de solos do estado de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lima, Carlos Eduardo Pacheco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química,
Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1610
Resumo: A estabilidade da matéria orgânica e a poluição por metais pesados são duas das principais questões ambientais e de sustentabilidade dos solos, amplamente discutidas nas últimas décadas. Importantes questões como manutenção dos níveis de fertilidade, qualidade química dos solos, mudanças climáticas globais, entre outras, estão intimamente ligadas a elas. Muito embora diversos estudos tenham sido conduzidos enfocando as referidas questões, importantes lacunas ainda existem e a elucidação das mesmas faz-se necessário. Dessa forma, elas poderão ser utilizadas de maneira mais eficiente na condução de estudos ambientais, como avaliação de impactos e elaboração de diagnósticos, ou como ferramentas de planejamento, manejo, uso e ocupação dos solos. O presente trabalho procurou enfocar as relações entre estabilidade térmica da matéria orgânica e aspectos físicos, químicos e mineralógicos dos solos do estado de Minas Gerais, além de avaliar e mapear a vulnerabilidade deles à contaminação por seis metais pesados (Cd, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn). Os resultados mostraram uma forte relação entre a estabilidade térmica e a presença de óxidos. Nesse sentido, para o conjunto de solos avaliados, os óxidos de alumínio (gibbsita) apresentaram destaque. Já em relação à vulnerabilidade dos solos à contaminação por metais pesados, os resultados mostraram que os latossolos argilosos e muito argilosos foram aqueles que apresentaram menores índices, sobretudo os férricos. Em seguida, os argissolos textura argilosa e muito argilosa, em sua maior parte, apresentaram índices médios para Cu, Pb e Cr e baixos para Cd, Ni e Zn. Os Nitossolos apresentaram o mesmo comportamento que os argissolos e, aqueles férricos, foram os que apresentaram menores índices. Solos textura média foram sempre classificados como de média ou alta vulnerabilidade. Os cambissolos apresentaram vulnerabilidade alta. Aos Neossolos e gleissolos foram atribuídos índices altos por três motivos: 1) Neossolos Quartzarênicos graças à sua baixa capacidade de retenção, própria de solos com predomínio da fração areia; 2) Neossolos Litólicos graças à sua pequena espessura; 3) Neossolos Flúvicos e Gleissolos graças à constante variação do potencial redox que, por sua vez, pode permitir a liberação de cátions metálicos anteriormente retidos nas frações minerais e orgânicas. Foram ainda produzidos seis mapas, específicos para cada metal pesado, para os solos do estado de Minas Gerais.