Estudo de tendência genética e de medidas de longevidade em bovinos da raça Holandesa no estado de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Ferreira, William José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11199
Resumo: Utilizaram-se 49.927 registros de produção de leite de 27.209 vacas da raça Holandesa, filhas de 889 touros, pertencentes a 360 rebanhos, no período de 1980 a 2002, provenientes do Serviço de Controle Leiteiro da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais. Os valores genéticos de vacas e touros foram obtidos por meio de um modelo animal e usados para estimação das médias dos diferenciais de seleção e tendências genéticas considerando-se quatro trilhas conectas a duas gerações. As análises foram realizadas por meio do sistema MTDFREML. O modelo de análise incluiu: os efeitos fixos de rebanho- ano-estação de parto, grupo genético, idade da vaca no parto como co-variável (efeitos linear e quadrático) e os efeitos aleatórios de animal, permanente de meio e erro. As estimativas do diferencial de seleção médio para as trilhas touros pais de touros (SB) e touros pais de vacas (SC), ponderadas pelo número de filhos foram, respectivamente, -55,82 e 46,72 e não-ponderadas foram -62,89 e 18,33 kg, respectivamente. A estimativa do diferencial de seleção médio para as trilhas vacas mães de touros (DB) e vacas mães de vacas (DC) foram, respectivamente, - 33,48 e 11,29 kg. O ganho genético anual foi de 6,71 kg. Os diferenciais de seleção indicaram maior eficiência na seleção de touros pais de vacas e vacas mães de vacas. As estimativas de tendências genéticas obtidas estão muito aquém do possível, sugerindo que as práticas de seleção no período deixaram a desejar. A partir do conjunto de dados iniciais foram selecionados registros de produção e reprodução de 7.601 vacas, filhas de 489 touros, nascidas de 1977 a 1993, pertencentes a 217 rebanhos, cujo objetivo era estimar parâmetros genéticos, fenotípicos e de meio ambiente para medidas de longevidade, estimar correlações, predizer valores genéticos para os animais e sugerir uma medida de longevidade apropriada para avaliações genéticas. As medidas de longevidade analisadas relacionadas à vida produtiva ou útil dos animais foram: número de lactações iniciadas, produção total nas lactações, número total de dias durante todas as lactações, tempo entre o nascimento e o último controle leiteiro e tempo entre a data do primeiro parto e o último dia de controle leiteiro. As outras medidas de longevidade analisadas relacionaram-se à capacidade de sobrevivência até um determinado tempo: sobrevivência até 36, 48, 60, 72 e 84 meses e sobrevivência até 12, 24, 36, 48 e 54 meses após o primeiro parto. As análises foram realizadas por meio do sistema MTDFREML, com modelo animal que incluiu os efeitos fixos de rebanho-ano-estação do parto, grupo genético e os efeitos aleatórios de animal e erro. As herdabilidades estimadas para medidas de longevidade, relacionadas à vida produtiva ou útil dos animais variaram de 0,07 a 0,10. Para as medidas relacionadas à capacidade de sobrevivência até um determinado tempo, as herdabilidades estimadas foram de 0,01 a 0,12. As correlações genéticas e fenotípicas entre as medidas de longevidade variaram de 0,72 a 1,0 e de -0,11 a 0,83, respectivamente. Em virtude de sua importância na economicidade dos sistemas de produção, devem ser viabilizadas maneiras de contemplar longevidade, em avaliações genéticas de bovinos para produção de leite.