Memórias, histórias e saberes de benzedeiras(os), rezadeiras(os), raizeiras(os) e ialorixás de Viçosa e Ponte Nova - MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Teresinha de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31276
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.446
Resumo: Este trabalho constitui uma pesquisa que teve como objetivo apresentar “como mulheres negras e brancas benzedeiras, rezadeiras, Ialorixás e raizeiras e homens negros e brancos benzedeiros, rezadeiros e raizeiros, moradores de Viçosa-MG e de Ponte Nova MG, capacitaram-se em tal “ofício”. Pretendeu-se compreender como as benzedeiras(os), as rezadeiras, ialorixás e raizeiros adquiriu-se essa habilidade da prática de benzer, rezar e entender como esses ensinamentos são passados para as futuras gerações de acordo com suas próprias “memórias”, “histórias” e “saberes ancestrais”.” Metodologicamente”, foi feita uma pesquisa de caráter histórico oral, mediante a realização de entrevistas, observações in loco e revisão bibliográfica sobre a temática. Nesse sentido realizou-se um mapeamento das localizações das benzedeiras(os), rezadeiras(os), raizeiras(os), ialorixás, os terreiros de umbandas e a roça de candomblé, evidenciando-se as riquezas culturais que compõem os terreiros e as roças, bem como os seus costumes,”, as comidas dos orixás, suas roupas e visão de mundo dessas práticas sociais que permanecem até hoje. A atenção voltada para as “mulheres negras” está associada a importância de entender a ligação entre “raça e gênero”, as desigualdades enfrentadas pelas mulheres negras por serem mulheres e negras e praticantes de religiões de matrizes afro-brasileiras. Paralelamente aos avanços científicos, traz-se ainda uma discussão sobre a farmácia viva e sobre a importância da sua implementação pelo Sistema Único de Saúde (SUS), também para que as pessoas possam escolher fazer uso de medicamentos alopáticos ou das plantas medicinais. Além disso, este trabalho apresenta a busca pelo reconhecimento das benzedeiras(os), rezadeiras(os), ialorixás e raizeiras(os) como agentes de saúde popular, através da realização de uma Audiência Pública. Para melhor compreensão do tema, discorre-se sobre o evento “Troca de Saberes”, buscando ressaltar a importância da integração entre o saber “científico’ e o” saber popular”. Foi possível constatar o modo como, no campo da saúde, essas mulheres e homens têm funções relevantes “em suas comunidades, tanto nos processos de cura quanto na preservação de um conhecimento tradicional sobre plantas medicinais e, principalmente, na afirmação de aspectos da cultura e identidade afro-brasileiras” (FERREIRA; SIQUEIRA,2021, p. 1). Palavras-chave: Memórias. Histórias de benzedeiras. Rezadeiras. Práticas religiosas afro- brasileiras.