Avaliação de desempenho de lagoas de estabilização no tratamento de dejetos de suínos: aspectos microbiológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Alves, Renato Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4992
Resumo: O desenvolvimento da suinocultura no país evidenciou o problema do tratamento e da destinação dos dejetos de suínos, questão que até a década de 70 não era motivo de preocupação. Porém, além de conseqüências ambientais, a ausência ou inadequação de tratamento pode trazer prejuízos para a saúde, humana ou animal. Dois diferentes sistemas de lagoas de estabilização para tratamento de dejetos de suínos foram monitorados por, aproximadamente, um ano. Um deles composto por três lagoas anaeróbias e uma facultativa (Granja A) e o outro por um reator anaeróbio e uma série de lagoas de polimento (Granja B). Pesquisaram-se microrganismos patogênicos (Salmonella spp. e parvovírus suíno) e indicadores (coliformes totais, Escherichia coli, enterococos e Streptococcus spp) no dejeto bruto e no efluente da cada unidade de tratamento. Outras seis granjas também tiveram as fezes dos suínos avaliadas para os mesmos parâmetros, em três amostras de cada propriedade. Salmonella spp. foi encontrada em 40% das amostras (14/35), sendo que, no sistema de lagoas da Granja B, foi identificada até o efluente da segunda lagoa anaeróbia. Os resultados para parvovírus foram positivos em 45% das amostras (9/20). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as concentrações de coliformes e estreptococos no dejeto bruto, mesmo resultado encontrado nas amostras de fezes de suínos. Em ambos os sistemas monitorados, a eficiência de remoção dos indicadores esteve abaixo do esperado. Para o sistema da Granja A, a eficiência foi próxima de 99,9% (3log10) com um tempo de detenção hidráulica (TDH) de 52,6 dias. Para o outro sistema, da Granja B, a eficiência foi entre 90-99% (1-2 log10) para TDH de 122,5 dias. Em contraste ao desempenho global dos sistemas, as lagoas anaeróbias, individualmente, revelaram boa eficiência de remoção bacteriana. Já no caso das lagoas facultativas de polimento os resultados indicam que deve haver melhor concepção do sistema para que estas efetivamente cumpram o papel esperado na remoção bacteriana. Estudos de regressão entre as taxas volumétricas de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO) e Sólidos Voláteis (SV) e a eficiência de remoção dos quatro organismos indicadores foram realizados, revelando, em geral, excelente associação entre as variáveis.