Utilização do capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum. cv. Mineiro), submetido à adubação química e orgânica, na alimentação de vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Reis, Cláudio Samara dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8023
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade técnico-econômica de se utilizar o capim-elefante submetido a dois sistemas de adubação (química e orgânica), associado a diferentes níveis de concentrado na alimentação de vacas leiteiras. A avaliação foi dividida em três estudos interdependentes: 1) a produção de volumoso; 2) a utilização do volumoso picado; e 3) a determinação do custo médio da produção de leite (CMPL) e do lucro com a atividade. Em outubro de 1997, foram implantadas duas capineiras de capim- elefante de 0,325 ha cada (primeiro estudo): a primeira recebeu tratamento com adubação química (18.6.20 NPK) na proporção de 3,1t ha ano-1 e a segunda, recebeu tratamento com adubação orgânica (esterco de curral) na proporção de 60 t ha ano-1. As capineiras foram cortadas à altura mínima de 220 cm, no início do primeiro semestre de 1998, e utilizadas na alimentação de vacas. As avaliações de campo do capim-elefante das capineiras foram feitas, durante sete períodos de 21 dias. Do capim elefante destinado a compor a dieta dos animais, foram coletados amostras por período, durante seis períodos. No segundo estudo, o capim-elefante das capineiras foi colhido, picado e associado a três proporções de concentrado (400, 500 e 600 g kg-1 de matéria seca [MS] da dieta total), fornecido para seis vacas multíparas. Este estudo foi desenvolvido concomitante ao primeiro estudo. Os animais foram alimentados e ordenhados duas vezes ao dia. A determinação do custo médio de produção do leite e do lucro com a atividade (terceiro estudo) foi feita utilizando-se os dados dos dois estudos supracitados. A estrutura física (parcial) das instalações, os recursos renováveis e os serviços de máquina e recursos humanos terceirizados fizeram parte do custo total da produção do leite. As vendas incluíram leite e esterco. A taxa de juros adotada foi a da caderneta de poupança, e o capital fixo investido na atividade leiteira foi composto de capineiras, benfeitorias, máquinas e equipamentos e vacas em lactação. Com base nos três estudos, concluiu-se que o nível de 400 g de concentrado kg-1 MS da dieta total foi o mais viável, por ter sido nutricionalmente o mais eficiente e economicamente o que possibilitou menor custo médio de produção do leite e maior lucro. A adubação orgânica aumentou a freqüência de utilização da capineira e produziu forragem com melhor composição nutricional. Entretanto, economicamente, a produção de leite utilizando o capim-elefante cultivado com adubo orgânico só é viável se o preço do kg do adubo químico, em relação ao preço do kg do adubo orgânico, com base na matéria seca, for igual ou maior a 24,62.