Efeito da forma física de suplementos energéticos no desempenho e na hidratação no futebol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gatti, Karolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Mestrado em Ciência da Nutrição
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Gel
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2724
Resumo: Assim como em outras modalidades esportivas, no futebol a combinação da reposição hídrica e energética evita a desidratação e fornece energia para manutenção e melhora do desempenho físico. Essa melhora no desempenho físico com o consumo de bebidas contendo carboidratos tem sido relatada por vários autores. Entretanto, os efeitos do consumo de carboidrato na forma de gel ainda são pouco explorados. O objetivo do estudo foi comparar o efeito da suplementação com carboidratos na forma líquida e em gel no metabolismo, no desempenho físico e no balanço hídrico-mineral durante um jogo de futebol. Dezessete jogadores de futebol da categoria sub-17 (idade: 16,17 ± 0,73 anos; massa corporal: 60,26 ± 8,29 kg; estatura: 174,5 ± 6,45 cm; IMC: 19,7 ± 1,8 kg/m2;%G: 14,16 ± 2,71 % de gordura corporal; VO2máx: 49,3 ± 2,86 ml.kg-1.min-1) disputaram uma partida de futebol em 2 dias separados, por 3 semanas, 2 horas após a ingestão de um café da manhã padronizado. Antes do início e na metade dos dois tempos do jogo os participantes consumiram 0,8 g de carboidrato/kg de peso corporal na forma de bebida e de gel, apresentando o mesmo teor de líquidos (20 ml/kg de peso corporal para os noventa minutos de jogo). Frequência cardíaca, percepção do esforço, glicemia, concentração sanguínea de lactato, proteinúria, força explosiva, agilidade e o desconforto gástrico, parâmetros de avaliação do estado de hidratação (percentual de perda de peso, grau de desidratação, taxa de sudorese, volume total de urina, densidade urinária e percentual de reposição hídrica) e a concentração plasmática de sódio e potássio foram similares entre os tratamentos (p>0,05). Em ambos os tratamentos a glicemia foi maior (p<0,05) no intervalo do jogo e no pós-jogo quando comparado ao pré-jogo. O desempenho no teste de salto (gel: 36,43 ± 3,59; 37,47 ± 5,24 cm; p=0,327 e bebida: 36,11 ± 4,03; 37,74 ± 3,53 cm; p=0,066) e no de agilidade (gel: 15,6 ± 0,46 seg; 15,66 ±0,52 seg; p=0,524 e bebida: 15,62 ± 0,4 seg; 15,66 ± 0,44 seg; p=0,571) foram similares no pós e pré-jogo. Apenas no tratamento com o gel houve um aumento significante (p<0,05) no "score" para o sintoma de "dor abdominal no lado direito", "sensação de inchaço abdominal" e queimação no estômago no segundo tempo de jogo. Houve perda estatisticamente significante (p<0,05) no peso corporal após o jogo em ambos os tratamentos. A concentração plasmática de potássio reduziu significantemente após o jogo em ambos os tratamentos (p<0,05). Frequência cardíaca e percepção do esforço foram similares entre os tratamentos em todos os momentos (p>0,05). Tomando como base as condições de realização deste estudo, é possível concluir que a reposição energética com suplementos fontes de carboidratos na forma líquida e em gel durante um jogo de futebol não interferem no comportamento da glicemia, do lactato, do desconforto gástrico, do desempenho físico, do estado de desidratação e da concentraçãoplasmática de sódio e potássio.