O Gênero Calea L. (Neurolaeneae, Asteraceae) em Minas Gerais, Brasil
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Botânica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29347 |
Resumo: | Asteraceae está entre as maiores famílias de angiospermas, com 24.000 a 30.000 espécies circunscritas em 43 tribos, representando um percentual superior a 9% da flora mundial. Para o Brasil são registrados 290 gêneros e 2.099 espécies, das quais 1.328 tem distribuição restrita ao país. O gênero Calea, pertencente à tribo Neurolaeneae, possui cerca de 125 espécies de distribuição neotropical e está representado no Brasil por 83 espécies. Considerando que o número de espécies registradas no Brasil aparenta ser o maior dentre todos os países de sua ocorrência, os estudos taxonômicos com o gênero são incipientes para conhecer a diversidade de Calea ocorrente na região sudeste, particularmente no estado de Minas Gerais que apresenta o maior número de espécies. Portanto, o objetivo deste trabalho é o de realizar um estudo taxonômico das espécies de Calea ocorrentes em Minas Gerais. O material botânico analisado foi obtido principalmente por meio de visitas e solicitação de empréstimo a 24 herbários que continham registros de espécimes coletadas em Minas Gerais, bem como por meio de excursões botânicas próprias. As espécies foram identificadas mediante consulta a literatura especializada, comparação com exsicatas ou imagens dos tipos e, posteriormente, descritas e ilustradas. Esta tese está apresentada na forma de três capítulos, que correspondem a manuscritos de artigos científicos formatados conforme as normas dos periódicos aos quais serão submetidos. O capítulo I apresenta o tratamento taxonômico para as 42 espécies e uma variedade, pertencentes às cinco seções de Calea, que ocorrem no Estado de Minas Gerais. Entre os táxons analisados 15 possuem distribuição restrita ao estado de Minas Gerais. Novos registros de Calea asclepiifolia e C. lutea foram estabelecidos para Minas Gerais; C. lantanoides para Rondônia; C. serrata para Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; e de C. teucriifolia para Piauí e Tocantins. Os lectótipos foram designados para C. brevifolia, C. coronopifolia, C. eupatorioides, C. graminifolia, C. myrtifolia, C. myrtifolia var. paucidentata, C. pilosa, C. pinnatifida, C. senecioides, C. subrotunda e C. tridactylita. Foi proposta a sinonímia de C. myrtifolia var. paucidentata sob C. myrtifolia. Além disso, são fornecidas descrições, comentários morfológicos, de distribuição geográfica e fenologia, chave para identificação dos táxons, além de ilustrações e mapas de distribuição geográfica. O capítulo II apresenta a descrição de uma nova espécie da seção Calea, denominada Calea diamantinensis. A nova espécie é endêmica de campos rupestres do município de Diamantina, o que justifica a escolha do epíteto específico. São apresentadas: descrição morfológica, comparação com a espécie próxima, ilustração, fotos, chave de identificação para as espécies do gênero ocorrentes no município de Diamantina, bem como comentários sobre posição taxonômica, hábitat, fenologia, distribuição e conservação. O capítulo III descreve uma nova espécie de Calea para a Floresta Atlântica, em fitofisionomia do tipo arbustal nebular. A nova espécie foi denominada Calea arachnoidea, em virtude do indumento aracnóide encontrado principalmente em folhas não expandidas, sobre o pedúnculo dos capítulos e na base das brácteas involucrais externas, que se constitui uma característica diagnóstica para esta espécie. C. arachnoidea, pertencente à seção Meyeria (DC.), e até o momento esta espécie é endêmica da região da Serra Negra, localizada na zona da mata mineira. São apresentadas: descrição morfológica e ilustração. As relações de afinidade entre C. arachnoidea e as espécies próximas são discutidas. Adicionalmente, fotos, mapa de distribuição e considerações sobre habitat e estado de conservação da nova espécie são apresentados, bem como uma chave de identificação das espécies de Calea sect. Meyeria no estado de Minas Gerais. |