Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Batista, Vanessa Aparecida Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9283
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Resumo: |
Visando atender à crescente demanda por bioenergia (bioeletricidade e bioetanol), o setor su- croenergético busca alternativas para ampliar a produção de biomassa por unidade de área. Nesta perspectiva o sorgo [Sorghum bicolor (L.) Moench] é visto como matéria-prima promis- sora, pois trata-se de uma planta C4, de ciclo curto, com grande potencial de produção de bio- massa por unidade de área. Existem diversos tipos agronômicos com elevada produtividade de matéria seca por unidade de área e tempo, como o sorgo biomassa, o sacarino e o forrageiro. Entretanto, acredita-se que o real potencial de uso desta cultura ainda não tenha sido explorado adequadamente no setor bioenergético, devido à falta de conhecimento das características des- tes materiais. Deste modo, objetivou-se com este trabalho realizar uma caracterização do po- tencial produtivo e bioenergético de três grupos agronômicos de sorgo (sorgo biomassa, sorgo sacarino e sorgo forrageiro) em duas épocas de corte. Para isso, realizou-se um experimento inédito, discutido neste trabalho em dois capítulos. Capítulo 1: As cultivares de sorgo foram semeados no campo, sendo avaliados em duas safras consecutivas (safra principal e rebrota). Ao final do ciclo de cada variedade foram realizadas avaliações agronômicas (duração do ciclo, altura de plantas, produção de massa fresca e massa fresca /ha e participação das partes na biomassa total das plantas), estrutural (composição lignocelulósica) e bioenergética (poder ca- lorifico superior) da planta de sorgo, afim de caracterizar a produção de energia potencial (GJ) por unidade de área de cada cultivar e estudar o melhor uso destes matérias no setor bioenergé- tico. Verificou-se que o potencial de produção de massa fresca total é maior na safra para todas as cultivares, e as cultivares BD 7607 e BRS 716 (sorgo biomassa) apresentaram as maiores produções de biomassa, 110 e 108 t/ha respectivamente. A produtividade das cultivares na re- brota foi pouco significativa devido às condições climáticas desfavoráveis. Foi verificado tam- bém que o poder calorifico superior foi maior nas folhas para todas as cultivares em relação aos outros componentes das plantas e que as cultivares que apresentaram maior produção de massa seca/ha, pertencentes ao grupo do sorgo biomassa (BD 7607 e BRS 716), consequentemente também apresentaram maior produção de energia/ha. No segundo capítulo, foi avaliado a pro- dução quantitativa e qualitativa dos açúcares produzidos no colmo apenas das cultivares per- tencentes ao grupo do sorgo sacarino, em duas épocas de corte (safra principal e rebrota). Para isto foi realizada a extração do caldo e posteriormente foi determinado o teor de açúcares totais (sacarose, glicose e frutose) em cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Foi verificado que a quantidade de açúcares (açúcares totais) produzidos não varia em função dos ciclos, po- rém a taxa de extração diminui na rebrota o que pode resultar em menores rendimentos indus- triais por tonelada de matéria-prima processada. Também, observou-se que a qualidade dos açúcares varia de acordo com a cultivar e estádio de desenvolvimento da planta. Conclui-se que a quantidade de energia produzida por cada tipo de sorgo é diretamente influenciada pelo seu desempenho agronômico e pela composição estrutural. A composição quantitativa e qualitativa dos açúcares presentes no caldo das cultivares de sorgo sacarino variam em função da época de corte e da cultivar. |