Produção de duas gramíneas tropicais submetidas a diferentes lâminas de água e doses de nitrogênio e potássio no estado do Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Oliveira Filho, Jair da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ
Doutorado em Engenharia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/799
Resumo: A adubação e a irrigação, associadas a outras práticas de cultivo, são importantes fatores que possibilitam às plantas forrageiras tropicais manifestar o seu potencial produtivo em certa condição de solo e de clima. Nesse contexto, objetivou- se neste trabalho avaliar os efeitos da aplicação de diferentes lâminas de água e doses de nitrogênio e potássio sobre características produtivas de duas gramíneas forrageiras tropicais (Panicum maximum cv. Tanzânia e Brachiaria brizantha cv. Xaraés) nas condições edafoclimáticas do sul do Estado do Tocantins. Dois experimentos independentes foram conduzidos, sendo um para cada gramínea, em Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico, no período de um ano. Utilizou- se um esquema de parcelas subsubdivididas, tendo nas parcelas quatro doses, nas subparcelas seis lâminas e nas subsubparcelas dois períodos climáticos, no delineamento inteiramente casualizado e quatro repetições. As doses foram combinações de N e K2O na relação 1 N:0,8 K2O (D1 = 100 + 80, D2 = 300 + 240, D3 = 500 + 400 e D4 = 700 + 560 kg ha- 1 ano-1) divididas em 12 aplicações realizadas a lanço, no final de cada ciclo de pastejo de 30 dias. As lâminas de água foram de 0, 18, 45, 77, 100 e 120% da evapotranspiração da cultura, aplicadas por meio da irrigação por aspersão em linha, quando o potencial matricial atingia -40 kPa. As coletas dos capins foram realizadas utilizando-se a técnica do pastejo simulado, colhendo-se a forragem passível de ser consumida. Nos dois experimentos, os animais foram utilizados apenas como ferramenta de corte . Nos períodos climáticos seco (outono/inverno) e chuvoso (primavera/verão), foram avaliados: produtividade de matéria seca (MS), teor de proteína bruta (PB) e fibra em detergente neutro (FDN). Os resultados foram: (a) o capim-tanzânia foi mais produtivo que o capim-xaraés, com produção máxima de 20.215 kg ha-1 ano- 1 de MS, na dose de 630,2 kg ha-1 ano-1 de N:0,8 K2O e lâmina de água de 949 mm ano-1 (107% da ETc). O capim- xaraés teve produtividade máxima de 19.547 kg ha-1 ano-1 de MS com a dose de 700 kg ha-1 ano-1 de N:0,8 K2O e lâmina de 994 mm ano-1 (120% da ETc); (b) em condições de restrição de adubo e ausência de irrigação, o capim-xaraés foi mais produtivo que o capim-tanzânia, com produtividade de 12.964 kg ha-1 ano-1 de MS; (c) a combinação de doses de N:0,8K2O e lâminas de água foi eficaz no rompimento da estacionalidade de produção da forragem, com a produção no período seco representando 47% e 43% do total anual para o capimxaraés e o capim-tanzânia, respectivamente; (d) o teor de PB aumentou linearmente com as doses de N:0,8 K2O, exceto para o capim-tanzânia durante o período seco, que respondeu de forma quadrática; (e) para as máximas produtividades de matéria seca, o período seco proporcionou os maiores teores de PB e os menores teores de FDN; e (f) o capim-tanzânia superou o capim-xaraés na produtividade de matéria seca e nos teores de PB e FDN.