Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lage, Flávia Xavier de Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27008
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Resumo: |
Dados nacionais indicam que a maior parte da população brasileira possui hábitos sedentários, o que contribui para o aumento do risco cardiovascular. Os exercícios aeróbicos, especialmente a caminhada, o trote e a corrida têm sido comumente indicados por profissionais da saúde para melhorias na aptidão física. Essa dissertação foi proposta com o objetivo de comparar as recomendações do ACSM para a realização de exercício aeróbico com a prática autosselecionada por mulheres, bem como a prontidão para sua prática e a prevalência de risco coronariano dessa amostra. Desta forma, foram desenvolvidos três estudos. No primeiro, foi realizada uma revisão sistemática de estudos que analisaram a prática de exercício aeróbico com intensidade autosselecionada por mulheres. O objetivo foi verificar as características das praticantes, possíveis fatores influenciadores (índices antropométricos, fisiológicos, fatores ambientais e idade) e se a intensidade autosselecionada poderia aumentar a aderência da prática de exercícios aeróbicos. Os dados foram analisados através das bases de dados PubMed e BVS, com artigos originais, realizados em mulheres acima de 18 anos de idade, publicados nos últimos 10 anos, com análise de exercício aeróbico de forma autosselecionada através da mensuração da frequência cardíaca (FC), sendo incluídos 20 artigos. Na maioria dos estudos, foi encontrado que a intensidade autosselecionada está dentro das recomendações do ACSM, capaz de promover melhorias no condicionamento físico e reduzir o risco cardiovascular, além de obter maior resposta afetiva positiva e maior prazer quando comparado à intensidade imposta. Pessoas com sobrepeso e obesidade demonstraram menor gasto energético (GE) quando comparado com pessoas eutróficas. Além disso, a idade parece não influenciar nas respostas afetivas, apenas nas respostas fisiológicas. Foi encontrado também maior sensação de prazer ao realizar atividade física (AF) ao ar livre quando comparado com ambiente interno. Desta forma, foi possível concluir que quando a intensidade do exercício é autosselecionada, há maiores sensações de prazer e atendem às recomendações do ACSM, além de promover melhorias na aptidão cardiorrespiratória. O segundo estudo teve como objetivo determinar a prontidão para atividade física e a prevalência de risco coronariano em mulheres praticantes de caminhada e corrida recreativa, através da aplicação dos questionários PAR-q e RISKO. Participaram do estudo 80 mulheres praticantes de caminhada e ou corrida recreativa, com idades entre 20-59 anos, sendo divididas em quatro grupos etários (G1 = 20-29 anos; G2 = 30-39 anos; G3 = 40-49 anos; G4 = 50-59 anos). As praticantes deveriam ter minimamente dois meses de prática e com uma frequência mínima de três vezes por semana, sem orientação de um educador físico. Foram utilizados os questionários PAR-q para determinar a prontidão para a prática de atividade física e RISKO para identificar os fatores de risco coronariano. Como resultados, observou-se que 32,5% da amostra total apresentaram inaptidão para realização de AF, respondendo positivamente, à pelo menos, em uma questão do PAR-q. A questão com maior número de respostas positivas foi relacionada a episódios de tontura ou sensações de desmaio, correspondendo 18,8% da amostra total. Já em relação ao questionário RISKO, o escore médio de risco coronariano foi de 15,22 ± 3,29 pontos (risco abaixo da média), correspondendo 66,3% da amostra, sendo que a questão com maior escore foi relacionada a hereditariedade, correspondendo 63,8% das entrevistadas. Como conclusão, os grupos com maior faixa etária tiveram maior prevalência de inaptidão para AF, de acordo com as respostas positivas no questionário PAR-q. Já no questionário RISKO, a maioria da amostra foi classificada como “risco abaixo da média”, sendo os fatores com maior prevalência hereditariedade, sexo e sobrepeso. Por fim, o terceiro estudo teve como objetivo estabelecer os padrões de AF autosselecionado por mulheres no exercício de caminhada, corrida e trote e verificar se atendem às diretrizes do ACSM para sua prática. Para tal, 80 mulheres participaram, sendo divididas em quatro grupos etários (G1 = 20-29 anos; G2 = 30-39 anos; G3 = 40-49 anos; G4 = 50-59 anos), sendo adotado como critério de inclusão a prática de caminhada e ou corrida de forma recreativa há pelo menos dois meses sem orientação de um profissional de Educação Física. Na primeira etapa foram realizados os procedimentos antropométricos para caracterização da amostra (massa corporal, estatura, circunferência abdominal (CA), circunferência de cintura (CC), percentual de gordura corporal (%GC)), mensuração da frequência cardíaca de repouso (FCR) e níveis pressóricos. A segunda etapa consistiu em avaliar uma sessão de exercício com intensidade autosselecionada através de um monitor cardíaco e índice de percepção de esforço (IPE). Ao analisar o escore do IPE, foi encontrado que 43,8% da amostra esteve dentro da intensidade “vigorosa” e 26,3% “moderada”, ambas estando dentro das recomendações do ACSM. Em relação ao %FC média, todos os grupos estiveram de acordo com as diretrizes. Quanto ao tempo total da sessão e frequência semanal, todos os grupos atingiram as recomendações mínimas. Contudo, nenhum grupo acumulou 1000 quilocalorias (kcal) por semana. Desta forma, foi possível concluir que maioria das avaliadas autosselecionaram intensidades dentro do recomendado pelo ACSM, quando analisado a %FC média, IPE, tempo de treino e frequência semanal. No entanto, ao analisar o GE, nenhum dos grupos atingiram a recomendação mínima semanal. |