Variabilidade espacial da produtividade de plantas forrageiras em diferentes sistemas de manejo do solo
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ Doutorado em Engenharia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/677 |
Resumo: | Os sistemas de manejo do solo têm como finalidade criar condições favoráveis ao desenvolvimento das culturas, porém as condições inadequadas de manejo podem causar modificações da estrutura do solo e interferência na produtividade. A distribuição espacial da produtividade de culturas é frequentemente estudada considerando a sua distribuição como aleatória e uniforme no espaço, porém tal produtividade pode ser descrita e quantificada como espacialmente dependente das propriedades físicas influenciadas pelo manejo do solo. Estas descrições têm sido realizadas com auxílio de ferramentas geoestatísticas, que permitem detectar a existência da dependência espacial, descrevê-la e fazer estimativas para locais não amostrados. Este trabalho trata da investigação da dependência espacial de variáveis relacionadas às propriedades físicas de solo e produtividade de plantas forrageiras, bem como a correlação espacial entre estas variáveis, em três sistemas de manejo do solo: plantio direto, cultivo mínimo e preparo convencional. Dessa forma, objetivou-se com esse trabalho determinar a influência do manejo de solo na produtividade de plantas forrageiras e na variabilidade das propriedades físicas deste solo. As amostragens foram realizadas em 99 pontos para cada sistema, no cruzamento de coordenadas X e Y em malha de 5 x 5 m. As amostras inderformadas foram coletadas nas faixas de profundidade correspondentes a 0,0 a 0,15 m e 0,15 a 0,30 m. Para a determinação da matéria seca, a forrageira foi cortada em média a 0,10 m do solo no cruzamento das coordenadas em uma área de 1,0 m², o material coletado foi identificado, pesado e levado a estufa para determinação de sua matéria seca total. O índice de área foliar foi determinado indiretamente com um aparelho analisador de dossel, sendo realizadas 10 medições acima e 10 medições abaixo do dossel. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em esquema de parcelas sub-subdivididas, sendo as parcelas constituídas por três sistemas de manejo do solo, as subparcelas constituídas por duas forrageiras e as sub-subparcelas por cinco períodos de avaliação de produtividade, com quatro repetições. Para cada atributo estudado, foi analisada sua dependência espacial, pelo cálculo de semivariogramas simples. Contudo, para aqueles que apresentaram interdependência espacial, calcularam-se seus semivariogramas cruzados. O preparo convencional apresentou resultados médios de produção de matéria seca e índice de área foliar significativamente maior do que o cultivo mínimo e o plantio direto, que pode ser explicado pelo fato de quebra da camada compactada na superfície propiciando melhor contato da semente com solo. Observou-se elevado percentual na variação da produtividade de matéria seca e do índice de área foliar, explicado pela dependência espacial nos três sistemas de manejo do solo. Para as propriedades físicas do solo, os modelos ajustados foram o esférico, o exponencial e o gaussiano, igualmente nos três sistemas de manejo do solo. Observou-se uma distribuição espacial heterogênea tanto da produtividade de matéria seca quanto o índice de área foliar. Conclui-se que a produtividade das forrageiras, em termos de matéria seca total e índice de área foliar são espacialmente dependentes das propriedades físicas do solo em cada um dos manejos a que este é submetido. |