Avaliação energética do óleo ácido de soja, combinado com glicerol e lecitina, e o uso em rações para frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Leandro Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9804
Resumo: Foram realizados três estudos para avaliar a utilização de óleo degomado de soja (ODS) e de um Blend composto de óleo ácido de soja - OAS, combinado com lecitina-LEC e glicerol-GLI na alimentação de frangos de corte. Durante os ensaios estudados foram utilizados um total de 1580 frangos de corte da linhagem COBB 500. Foram realizados dois ensaios para estimar os valores de energia metabolizável do óleo degomado de soja (ODS) e do Blend (óleo ácido de soja + lecitina + glicerol) para frangos de corte em diferentes idades, utilizando um total de 300 frangos de corte, machos da linhagem COBB 500, no período de 14 a 21 dias (ensaio I) e dos 30 a 38 dias de idade (ensaio II). Foram utilizados 150 animais de 14 aos 21 dias de idade e 150 animais dos 30 a 38 dias de idade, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, sendo que os dois ensaios foram compostos por três tratamentos, dez repetições de cinco animais cada. Os tratamentos consistiam de uma dieta referência (T1), uma dieta referência + 7% de óleo degomado de soja (T2) e uma dieta referência + 7% de um blend, composto por 85% OAS, 5% LEC, e 10% GLI, (T3). A dieta referência foi formulada a base de milho e farelo de soja para atender as exigências nutricionais para frangos de corte na fase inicial (Rostagno et al., 2011). Para a determinação da EMA foi utilizado o método de coleta total de excretas sendo 4 dias de adaptação às gaiolas e às dietas experimentais seguidos por 5 dias de coleta de excretas. As amostras de excretas e de rações foram analisadas para matéria seca, energia bruta e nitrogênio. Os valores de EMAn encontrados foram 8219 e 8479 kcal/kg para o ensaio I e 8487 e 8850 kcal/kg para o blend e óleo degomado de soja no ensaio II, respectivamente. Através deste segundo ensaio, foi calculada a Energia Metabolizável (EM) das rações utilizadas em um terceiro ensaio de desempenho, em que foram utilizados 1.280 frangos de corte de 1 a 35 dias de idade. As aves foram distribuídas em um delineamento experimental inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 4 x 2 , com 4 níveis de energia metabolizável (2900; 2975; 3050; 3125 na primeira fase e 3000; 3075; 3150; 3225 para a segunda fase) e duas fontes lipídicas (Óleo Degomado de soja, 8900 kcal e blend 8487 kcal) totalizando 8 tratamentos, 8 repetições com um programa de alimentação de duas fases, com 1 a 21 e 22 a 35 dias. Aos 35 dias de idade, quatro aves por repetição foram abatidas e determinados rendimentos de carcaça e parâmetros de qualidade de carcaça (luminosidade, perda por gotejamento e força de cisalhamento) e uma análise bio-econômica. Durante a fase inicial, a utilização do blend e do óleo degomado de soja apresentaram resultados semelhantes (P>0,05) para o consumo de ração e no ganho, mas foi observado piora da conversão alimentar com a utilização do blend, já na fase final e período total de criação houve efeito (P<0,05) para o consumo de ração utilizando o blend e efeito linear para a conversão alimentar em ambas as fontes. A avaliação dos níveis de EM dentro de cada uma das fontes avaliadas apresentou efeito linear para a conversão alimentar, o que possibilitou realizar a bioequivalência entre as fontes para esse parâmetro. A utilização da metodologia da curva padrão e do método de equações lineares para a bioequivalência das fontes resultaram em uma bioequivalência de 93,7% no período total. As diferentes fontes de energia afetaram o peso da carcaça, sendo maior com a suplementação do blend, porém, não foram reportadas diferenças significativas (p>0,05) para o peso de peito com e sem osso. Não foram detectadas diferenças (p>0,05) nas características físico-químicas avaliadas (luminosidade, perda por cocção e força de cisalhamento). Recomenda-se a utilização do blend em substituição ao óleo degomado de soja em até 93,7% sem afetar as variáveis de desempenho e qualidade de carcaça no período estudado.