Caracterização fenotípica e molecular de linhagens de feijão do cruzamento Ouro Negro x Pérola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Melo, Carlos Lásaro Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10471
Resumo: O principal objetivo deste trabalho foi caracterizar, fenotipicamente, linhagens de feijão do cruzamento Ouro Negro x Pérola, quanto à reação a Colletotrichum lindemuthianum (raças 73, 81 e 89) e Uromyces appendiculatus (mistura das raças 15, 35, 45, 49, 50 e 59) e avaliar, em campo, o desempenho das linhagens que mostraram-se resistentes. Paralelamente, objetivou-se também avaliar a eficiência dos marcadores moleculares SCARF10 1050 (relacionado à resistência à antracnose e à ferrugem) e OPX11 550 (relacionado à resistência à ferrugem), identificados e mapeados em outras populações, com vistas à seleção assistida na população Ouro Negro x Pérola. Inicialmente, 400 linhagens (progênies F 7:8 ) do cruzamento Ouro Negro x Pérola foram inoculadas com a raça 89 de C. lindemuthianum. Dentre as linhagens resistentes, 68 com grãos de boa aceitação comercial foram inoculadas com as raças 73 e 81 de C. lindemuthianum e com a referida mistura de raças de U. appendiculatus. No experimento de campo, foram avaliadas 75 linhagens, que, sob inoculação artificial, mostraram-se resistentes à raça 89 de C. lindemuthianum. As testemunhas, constituídas pelos genitores (Pérola e Ouro Negro), o cultivar Talismã e as linhagens Vi 4899, VC4, e Rudá-Piramidado foram, também, avaliadas em campo. utilizou-se um látice quadrado triplo, com parcelas constituídas de duas linhas com 2m de comprimento cada uma. Na avaliação da eficiência dos marcadores moleculares, foram caracterizadas 150 linhagens do cruzamento Ouro Negro x Pérola, fenotipicamente, por meio de inoculação artificial de C. lindemuthianum (raça 89). Paralelamente, uma planta de cada linhagem foi genotipada, utilizando-se os marcadores SCARF10 1050 e OPX11 550 . A partir da inoculação artificial, foram identificadas 42 linhagens resistentes às raças de C. lindemuthianum e de U. appendiculatus, utilizadas no estudo. Considerando os resultados da caracterização fenotípica e da avaliação de campo, foram identificadas 10 linhagens que apresentaram grãos de bom aspecto comercial, iguais ou superiores àqueles do cultivar Pérola quanto à produtividade de grãos. Estas linhgens mostraram-se resistentes à antracnose e ferrugem, além de, moderadamente resistentes à mancha- angular. Das 150 linhagens avaliadas por meio de inoculação artificial, 61 mostraram-se resistentes às raças 73, 81 e 89 de C. lindemuthianum, sendo que, 42 destas foram resistentes a uma mistura de raças de U. appendiculatus. Vinte e cinco linhagens apresentaram as bandas correspondentes aos marcadores SCARF10 1050 e OPX11 550 . A eficiência de seleção para resistência à antracnose, com base na genotipagem de 150 linhagens utilizando o marcador SCARF10 1050 foi de 78%. Considerando que este marcador encontra-se a uma distância de 19,6 cM do gene de resistência, esperava-se uma eficiência de 72%, portanto, próxima àquela obtida no presente estudo. Para o marcador OPX11 550 , verificou-se uma eficiência de 85%. Esta maior eficiência era esperada, em razão de este marcador localizar-se mais próximo (11,6 cM) dos genes ou do bloco gênico, os quais conferem resistência à antracnose e ferrugem, presentes no cultivar Ouro Negro. Além disso, foi observado que o marcador OPX11 550 também pode ser utilizado no monitoramento do gene de resistência à antracnose. Embora estivessem a uma distância relativamente grande dos genes de resistência, esses marcadores proporcionaram boa eficiência de seleção.