Efeitos distributivos de projetos de irrigação: o caso do projeto Jaíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Silva, Rosilene Maria de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8914
Resumo: Esta pesquisa procurou identificar como a implantação e funcionamento do projeto Jaíba provocou alterações na renda dos agentes econômicos envolvidos com este projeto, como irrigantes (pequenos e empresários), Governo Federal e Estadual, Banco Mundial, intermediários, etc. Buscou-se verificar quem foram os agentes econômicos que se beneficiaram com a implantação do projeto, bem como quem arcou com os custos. O modelo teórico utilizado para a determinação destes impactos distributivos fundamentou-se na Teoria do Bem- estar Social, enquanto o modelo analítico usado foi a Análise Custo Benefício (ACB), uma técnica muito utilizada na avaliação financeira e econômica de projetos, que se baseia na comparação dos custos e benefícios gerados por determinado investimento. Para facilitar a análise os efeitos distributivos foram separados em diretos (variação quantitativa na renda dada pelo valor da produção) e indiretos (dados pelas alterações no nível de bem-estar dos indivíduos em decorrência do maior acesso à tecnologia, à educação e saúde). Com relação aos efeitos distributivos diretos verificou-se que os irrigantes (pequenos produtores e empresários) foram os grandes beneficiários, tendo se apropriado de maior parte da renda gerada no projeto. Porém entre os beneficiários, estão ainda os intermediários que atuam no projeto. Em virtude das dificuldades de comercialização encontradas pelos pequenos irrigantes mais de 70% de toda produção é comercializada pelo atravessador. Por outro lado, o Governo Federal, o Governo Estadual e o Banco Mundial foram os agentes financiadores do projeto. Com relação aos benefícios indiretos, pode-se dizer que o grupo de pequenos irrigantes foi o grande beneficiário do projeto, uma vez que o investimento proporcionou acesso à tecnologia, à educação, ao crédito e a saúde, entre outros benefícios. Dos problemas encontrados no âmbito do projeto verificou-se que o baixo nível educacional é o principal ponto de estrangulamento do investimento. Conclui-se ainda que, até o momento, o projeto Jaíba não teve impacto expressivo a nível de desenvolvimento regional, porém produz grande quantidade de alimentos, sendo portanto importante instrumento de geração de empregos e renda na região.