Caracterização do produtor de bovinos de leite na região noroeste do estado de Minas Gerais: a utilização da inseminação artificial
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado Profissionalizante em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5984 |
Resumo: | O Brasil possui o maior rebanho comercial de bovinos do mundo, entretanto, a taxa de adoção da inseminação artificial (IA) no País ainda é baixa. Objetivou-se caracterizar o perfil dos bovinocultores de leite da região noroeste do estado de Minas Gerais quanto à utilização da inseminação artificial (IA) e verificar quais são os fatores mais relevantes, na percepção dos produtores, no processo de adoção da inseminação artificial. Durante os meses de janeiro a abril de 2014, foram entrevistados 97 bovinocultores de leite associados a cooperativas de leite dos municípios da região noroeste do estado de Minas Gerais. Do total de produtores entrevistados, 61,3% não utilizavam a inseminação artificial. A maioria (92,48%) dos entrevistados era do sexo masculino e 48,88% possuíam mais de 53 anos de idade, com baixo grau de escolaridade, ensino fundamental incompleto (28,57%) ou fundamental completo (25,97%). Entre os entrevistados, 66,67% possuíam mais de 20 anos de experiência na atividade leiteira. A média de matrizes por propriedade foi de 99 e o tamanho médio das propriedades, 73 hectares (ha). A análise dos dados relacionados à percepção dos produtores foi feita por meio de metodologia clássica de análise de conteúdo textual, que incluiu as seguintes etapas: pré-analítica, analítica e inferencial, todas na presença de três técnicos avaliadores. Cada informação foi considerada uma unidade de contexto elementar (UCE). As unidades, divididas em grupos temáticos, deram origem às categorias e subcategorias, nomeadas pelo método a posteriori. De modo geral, verificou-se que a motivação pessoal é o principal fator determinante da adoção da IA e está mais atrelada aos pontos fortes do uso da biotécnica e às expectativas positivas geradas pelo fenótipo dos animais que a fatores econômicos. Os pré-requisitos para adoção da IA estão em segundo plano e, entre eles, destacam-se a mão de obra, a infraestrutura e o manejo animal, seguidos da influência social, evidenciada pelas entidades e pessoas envolvidas na IA e no cotidiano dos pecuaristas. A pequena ênfase na gestão de pessoas e no uso do conhecimento científico pode ter afetado na adoção da biotécnica, resultando em baixa utilização. Ainda é possível associar a idade avançada dos produtores rurais à resistência ao uso de biotecnologias reprodutivas. |