Efeitos de diferentes tipos de treinamento físico aeróbio sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Suarez, Pedro Zavagli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27471
Resumo: A hipertensão arterial (HA) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por nível elevado e sustentado de pressão arterial (PA). O exercício físico aeróbio regular provoca adaptações autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema cardiovascular, contribuindo para redução da PA. O treinamento aeróbio contínuo de intensidade moderada (MICT), tem sido o mais indicado para sujeitos com HA, com intensidade variando de 40-60% do consumo máximo de oxigênio. Porém, nos últimos anos, estudos mostraram a eficácia do treinamento aeróbio intervalado de alta intensidade (HIIT) como tratamento para HA. Objetivos: Avaliar os efeitos de diferentes tipos de treinamento físico aeróbio sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos. Metodologia: Ratos normotensos (Wistar) e hipertensos (SHR) com 16 semanas de idade foram distribuídos em 6 grupos (n=8): WIS CONT e SHR CONT – normotensos e hipertensos que não foram submetidos a treinamento físico aeróbio por 8 semanas; WIS MICT e SHR MICT – normotensos e hipertensos treinados pelo método contínuo a 60% da velocidade máxima de corrida, em esteira rolante, 30 min por dia, 5 dias por semana, por 8 semanas; WIS HIIT e SHR HIIT – normotensos e hipertensos treinados pelo método intervalado, sendo 20 repetições de 30 segundos a 90%, seguidas por 1 min a 45% da velocidade máxima de corrida, 5 dias por semana, por 8 semanas. A morfologia e função cardíaca foram avaliadas por ecocardiograma. A frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) foram medidas por pletismografia de cauda. O tempo total de exercício até a fadiga (TTF) foi determinado através de um teste máximo de corrida. Após os tratamentos, a eutanásia foi realizada por decapitação e o coração retirado, lavado e canulado pela artéria aorta em um sistema de perfusão. Os cardiomiócitos do ventrículo esquerdo (VE) foram isolados por digestão enzimática, utilizando-se colagenase. Para registro do transiente intracelular global de Ca2+ ([Ca2+]i), os cardiomiócitos foram incubados com o indicador fluorescente de Ca2+, Fura-2 ácido aminopolicarboxílico. A contração celular foi determinada pela técnica de alteração do comprimento dos cardiomiócitos, usando-se um sistema de detecção de bordas. As medidas foram feitas utilizando-se um microscópio invertido equipado com uma lente objetiva de imersão em óleo. Utilizou-se estimulação elétrica de campo nas frequências de 3, 5 e 7 Hz, temperatura de ~ 37oC. Resultados: Ambos os programas de treinamento aumentaram o TTF. Nos SHR, o MICT reduziu a FC de repouso, tendeu a diminuir a PAS, diminuiu a PAD, a PAM, a espessura do septo interventricular tanto na sístole quanto na diástole e diminuiu a amplitude de contração na estimulação de 5 Hz. O HIIT aumentou o peso do coração e as espessuras da parede do ventrículo esquerdo, tanto em sístole quanto em diástole, reduziu a PAS e tendeu a diminuir a PAM, além de diminuir o tempo para o pico de [Ca2+]i em todas as frequências de estimulação. Conclusão: Ambos os protocolos de treinamento promoveram adaptações benéficas sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos. Palavras-chave: Hipertensão. Exercício físico. Cardiomiócitos. Contratilidade celular. Transiente de cálcio.