Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Bohórquez Zapata, Viviana Lorena |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27843
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Resumo: |
Nas últimas décadas, o uso de agrotóxicos para o controle de pragas nas lavouras tem se intensificado, sendo o imidaclopride um dos mais aplicados em diversos países. O uso indiscriminado desses compostos está causando efeitos negativos em diferentes ecossistemas aquáticos e terrestres, assim como na fauna associada a estes, incluindo organismos não alvos como os insetos aquáticos. Este grupo de organismos compreendem o grupo mais representativo dos ecossistemas dulceaquícolas, com um papel relevante na cadeia trófica desses ambientes e qualquer efeito letal ou subletal de compostos tóxicos a esta comunidade poderia gerar um desequilíbrio na biodiversidade aquática. Por isso o objetivo deste trabalho foi determinar os efeitos sinergísticos da combinação entre imidaclopride e cloreto de sódio (NaCl) em Belostoma anurum (Hemiptera: Belostomatidae) e as possíveis alterações na predação quando os indivíduos foram expostos a concentrações subletais. Foram realizados experimentos com insetos de segundo ínstar de B. anurum e com varias séries onde as ninfas foram expostas a diferentes concentrações por um período de 24 e 96 horas. As seguintes concentrações de imidaclopride foram usadas no experimento: 0,125; 0,375; 12,5; 18,75; 37,5; 125; e 375 mg/L. O imidaclopride foi usado em combinação com NaCl nas concentrações: 0,03; 0,09; 0,135; 0,18; 0,27; 0,3; 0,36 mg/L por um período de 24 horas. Uma maior susceptibilidade de ninfas de B. anurum ao imidaclopride foi observada para o tempo de exposicao de 96h, quando comparado a registrada para a exposição de 24h, o que indica que o efeito do inseticida é dependente do periodo de exposição. Para a combinação sinergística de imidaclopride + NaCl (0,5% w/v de cloreto de sódio), uma suscetibilidade mais elevada foi apresentada com o uso de concentrações mais baixas em comparação com o imidaclopride sozinho por 24 e 96 horas de exposição. Os experimentos de predação foram realizados a partir do CL10 obtido na primeira serie de experimentos. As ninfas de B. anurum foram expostas a quatro tratamentos: NaCl: solução de cloreto de sódio a 0,5% w/v, imidaclopride: 0,14 mg/L (CL10 ), e imidaclopride 0,14 mg/L (CL10 ) + NaCl (0.5% w/v) e um controle (água destilada). Foram utilizadas densidades de 3, 6 e 9 larvas (L4) de Aedes aegypti (Diptera) e se avaliaram as habilidades de predação tanto no primeiro dia apos a exposição, quanto nos proximos 3 dias consecutivos. Como resultado, foi registrado que para o primeiro dia o número médio de larvas consumidas por avaliação é dependente da densidade de larvas, com maiores densidades com 9 e 6 larvas diferindo nas densidades de 3 larvas, as quais foram expostas á combinação de imidaclopride + NaCl 0,5%, que antecedeu uma menor quantidade de presas em relação ao tratamento controle. Os resultados obtidos indicam que o imidaclopride sozinho ou em combinação com NaCl 0.5% w/v pode causar declínios populacionais e consequentemente, potenciais desequilíbrios nas comunidades de insetos aquáticos. Palavras-chave: Ecotoxicologia. Inseticida. Predador aquático. |