O efeito do transtorno depressivo sobre os rendimentos do trabalho no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Benedicto, Bianca Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11611
Resumo: Atualmente, a depressão é considerada um transtorno de elevada prevalência na sociedade brasileira. Nesse sentido, estudos dedicados ao tema são fundamentais. Contudo, a maioria das pesquisas que tratam os problemas de origem psicológica levam em consideração aspectos clínicos, sendo raras as abordagens com enfoque econômico. À vista disso, o presente estudo tem como objetivo analisar o efeito do transtorno depressivo sobre os rendimentos do trabalho no Brasil em 2008. Para tanto, utilizou-se os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As estimações propostas foram separadas por sexo. Para as mulheres, nota-se a presença de endogeneidade, ou seja, a condição depressiva para o sexo feminino pode não apenas impactar seus rendimentos como ser consequência dele. Diante disso, a estimação foi realizada em três estágios conforme pressupõe o modelo de variável dummy endógena. Já para o sexo masculino, a estimação foi realizada pelo método dos Mínimos Quadrados Ordinários, dada a ausência de endogeneidade. Os resultados sugeriram que para ambos os sexos a depressão mental reduz os rendimentos, uma vez que a doença ocasiona perda de produtividade e incapacitação, notadamente para as mulheres. Nesse contexto, é necessário atentar-se para o fato de que problemas de origem psicológica causam prejuízos que estão associados também à atividade econômica. Denota-se então, a importância de políticas públicas que visem incorporar os cuidados com a saúde mental no âmbito da atenção básica, dado que esta patologia toma formas cada vez mais abrangentes e significativas no contexto econômico. Sugere-se ainda investir nos setores de prevenção ao transtorno depressivo como é o caso da educação. Assim, a preocupação com a saúde mental da população pode gerar resultados satisfatórios no que tange o desenvolvimento socioeconômico do país.