Desempenho zootécnico e qualidade de ovos de codornas japonesas alimentadas com rações contendo diferentes fontes de ômega 3

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Mendonça, Michele de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Doutorado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1863
Resumo: Foram conduzidos seis experimentos simultâneos com o objetivo de avaliar o desempenho zootécnico, a qualidade dos ovos e o tempo de incorporação de ácidos graxos na gema de ovos de codornas japonesas alimentadas com rações com diferentes níveis de óleo de linhaça em substituição ao óleo de soja (0, 25, 50, 75 e 100%, perfazendo os níveis de 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0% de óleo de linhaça Experimento 1) ou com rações suplementadas com 2% de óleo como fonte de ômega 3 (soja, linhaça, peixe e canola) (Experimento 2). Adotou-se delineamento inteiramente casualizado composto de cinco (Exp. 1) ou quatro (Exp. 2) tratamentos com oito repetições e oito aves por parcela. A utilização da substituição do óleo de soja pelo óleo de linhaça ou dos óleos rico em ômega 3 não alterou significativamente nenhum dos parâmetros de desempenho nem a qualidade interna e externa dos ovos, com exceção da intensidade da coloração amarela da gema, que aumentou linearmente com a inclusão de óleo de linhaça na ração (Exp. 1), e, no Exp. 2, se mostrou mais intensa com a utilização dos óleos de linhaça, de peixe e de canola. Em ambos os experimentos, constatou-se que o tempo médio para estabilização da maioria dos ácidos graxos na gema é de 21 dias de alimentação das codornas com rações contendo as fontes de ômega 3. Além disso, maior incorporação nos ovos de n-3 total e dos ácidos linolênico, eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA) e menores teores de ácidos linoléico, araquidônico e n-6 total e razão n-6/n-3 mais próxima da indicação para consumo humano (3 a 5:1) foi promovida pela alimentação das codornas com ração adicionada de óleo de linhaça. Mais dois ensaios foram realizados com o objetivo de avaliar os efeitos do tempo e da condição de estocagem sobre a qualidade de ovos de codornas alimentadas com rações suplementadas ou não com óleo de linhaça (Exp. 3) ou com fontes de ômega 3 (Exp. 4). Em ambos foi adotado delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5/4 x 2, sendo cinco níveis de óleo de linhaça/quatro tipos de óleo rico em ômega 3 e dois tempos de armazenamento (frescos [tempo zero] e estocados por 21 dias) ou duas condições de estocagem por 21 dias (com e sem refrigeração). Foram avaliados nos ovos: perda de peso, peso específico, pH do albúmen e pH da gema. O tempo e a xii condição de estocagem, principalmente na ausência de refrigeração, promovem piora da qualidade de ovos de codornas, independente do nível de óleo de linhaça ou do óleo como fonte de ômega 3 adicionada à ração. A utilização de até 2% de óleo de linhaça ou qualquer um dos óleos rico em ômega 3 na ração das codornas não causa alterações indesejáveis na maior parte dos parâmetros de qualidade dos ovos armazenados por 21 dias. O perfil de ácidos graxos e o grau de oxidação lipídica nas gemas de ovos submetidos ao processamento térmico ou diferentes condições de armazenamento por 35 dias produzidos por codornas alimentadas com rações com níveis crescentes de óleo de linhaça (Exp. 5) ou com óleos rico em ômega 3 (Exp. 6) foram analisados utilizando delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5/4 x 2 (cinco níveis de óleo de linhaça/quatro tipos de óleos rico em ômega 3) e duas categorias de processamento (submetidos ou não à cocção úmida) ou duas temperaturas de armazenamento (com e sem refrigeração). O processamento térmico, apesar de ter aumentado o grau de oxidação, incrementou o teor de poli-insaturados, especialmente o linolênico e reduziu o conteúdo de saturados. A estocagem por 35 dias sob refrigeração promoveu preservação da maioria dos ácidos graxos, principalmente os poli-insaturados da família ômega 3 e maior estabilidade oxidativa. O consumo diário de uma porção (cinco unidades) de ovos cozidos de codornas alimentadas com ração suplementada com 2% de óleo de linhaça é indicado para atendimento da recomendação de ingestão mínima de ômega 3 para adultos (250 mg/dia de EPA + DHA).