Plasticidade fenotípica de cultivares de arroz de terras altas em diferentes sistemas de cultivo

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Gonçalves, Raphael de Paula
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Palavras-chave em Português: Oryza sativa L.; Plantas - Nutrição; Stress (Fisiologia); Morfologia; Arroz - Cultivo; Produtividade; Botânica Aplicada
• Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29141

As plantas são constantemente desafiadas por fatores ambientais. Este desafio se amplia frente ao cenário de mudanças climáticas, mas o estresse imposto por estes fatores ambientais pode ser contornado em parte por processos de aclimatação e/ou adaptação. Estudos revelam que os maiores prejuízos no setor agropecuário provêm de perdas causadas por secas e enchentes. A capacidade de um único indivíduo gerar fenótipos alternativos dependentes de sua interação com o ambiente é denominada plasticidade fenotípica, um mecanismo pelo qual as plantas podem responder às diferenças no ambiente em que se desenvolvem. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estimar a plasticidade fenotípica de variedades de terras altas cultivadas em diferentes sistemas de cultivo. Este experimento foi conduzido no Campo Experimental de Leopoldina da EPAMIG utilizando quatro cultivares de arroz de terras altas (Curinga, Caravera, Relâmpago e Caçula) que foram submetidas a três condições de disponibilidade hídrica: um ambiente de terras altas, um ambiente de várzea úmida com irrigação intermitente e um ambiente de várzea com presença de lâmina d´água de forma contínua. As parcelas experimentais nos três ensaios foram constituídas de quatro fileiras de plantas de cinco metros de comprimento e espaçadas de 30 cm, com densidade de semeadura de 300 sementes viáveis/m². Como área útil da parcela foram colhidas as duas fileiras de plantas internas, eliminando-se 0,5 m nas extremidades das duas fileiras de plantas, totalizando uma área útil de 2,4 m². O arranjo experimental consistiu em um esquema fatorial 4x3, sob um delineamento em blocos ao acaso, com três repetições. Foram avaliadas características de crescimento e produção como produtividade de grãos, altura de plantas, peso de 100 grãos, dias para floração, matéria seca da parte aérea, área foliar, área foliar específica, número de perfilhos, perfilhamento e resistência ao acamamento, além dos teores de nutrientes. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott (p ≤ 0,05) no software R. Além disso, foram realizadas as análises do índice de plasticidade fenotípica, de correlação e de componentes principais. As variáveis produtividade de grãos, altura de plantas, número de perfilhos; e teor dos nutrientes potássio, magnésio e zinco não apresentaram diferença estatística pelo agrupamento de Skott-Knott emnível de 5% entre as variedades nos diferentes sistemas de cultivo adotados neste experimento. A interação genótipo ambiente foi significativa para 13 das variáveis avaliadas. Foi observado que há maior efeito da interação genótipo ambiente para avaliação das variáveis nutricionais em contraste as demais. Os índices de plasticidade estimados para as características morfológicas, de crescimento e nutrição das plantas não apresentaram diferenças significativas, mesmo considerando os três tratamentos de manejo de irrigação da cultura, indicando plasticidade fenotípica semelhante entre os genótipos avaliados. A plasticidade semelhante observada reflete a proximidade de pedigree ou potencial de adaptação semelhante dos parentais utilizados nos cruzamentos das cultivares utilizadas, implicando em sua proximidade genotípica e fenotípica. O conjunto de fatores relacionados ao ambiente de cultivo foi o principal fator para explicar o comportamento diferenciado das cultivares. Palavras-chave: Oryza sativa L. Nutrição de plantas. Estresse hídrico. Morfologia. Produção.