Caracterização de fatores de virulência em isolados de Escherichia coli de mastite bovina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Fernandes, José Benedito Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4979
Resumo: Escherichia coli é um microrganismo Gram-negativo pertencente ao grupo dos coliformes, e potencial agente causador de mastites em bovinos. A bactéria pode possuir diferentes fatores de virulência e esses são definidos como estruturas, produtos ou estratégias que contribuem para a bactéria aumentar sua capacidade em causar infecção. O presente estudo tem como objetivo investigar a presença destes fatores em isolados de E. coli obtidos de casos de mastite clínica, interrelacioná-los e estabelecer provável ligação com a infecção clínica. Vinte e sete culturas de E. coli isoladas de mastites bovinas clínicas foram caracterizadas quanto a diferentes fatores de virulência por análises fenotípicas e genotípicas. Todos os isolados apresentaram produção de biofilmes em diferentes níveis, além de 96,2% apresentarem resistência ao soro, 33,3% resistência aos antimicrobianos e 7,4% produção de verotoxinas. Nenhum dos isolados apresentou positividade para expressão de hemolisinas e antígeno capsular K1. A técnica de Reação em Cadeia de Polimerase PCR foi usada para detectar a presença de marcadores genéticos de virulência. Verificou-se presença de fatores de colonização do tipo 1 em 100% dos isolados e Cs31A em 29,6%. Quanto às toxinas, verificou-se a presença de genes para enterotoxina termo-estável em 55,6%, enterotoxina EAST-1 em 11,1% e verotoxina 2 em 7,4%. Ainda, foram detectados marcadores fimbriais para Pap em 7,4%, aer em 3,7% e kps em 3,7%. Todos os isolados que apresentaram gene para verotoxina 2 também apresentaram positividade na avaliação fenotípica. A análise filogenética demonstrou que os isolados pertencem aos grupos A (85%) e B1 (15%), tipicamente relacionados a cepas comensais, naturalmente presentes no meio ambiente. Esses resultados sugerem que os isolados de E. coli caracterizados nesse estudo são patógenos oportunistas, apresentando diferentes fatores de virulência, sem evidências de correlação entre eles.