Níveis de concentrado e de proteína não degradável no rúmen na dieta de vacas em lactação
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Doutorado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1732 |
Resumo: | O consumidor moderno opta, cada vez mais, por produtos de qualidade, e a indústria, buscando adequar-se a esta nova tendência, tem procurado bonificar o produtor pela qualidade do leite, principalmente no que se refere à sua composição em sólidos totais. Neste sentido, buscou-se, em experimento conduzido na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gado de Leite (UEPE-GL) do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa-MG, no período de maio a agosto de 2007, avaliar o efeito de três níveis de concentrado e dois níveis de proteína não degradável no rúmen (PNDR) na dieta de vacas leiteiras com produção de 30 kg de leite/dia sobre os parâmetros de degradação ruminal, consumo dos componentes da dieta, digestibilidade, consumo dos componentes digestíveis, metabolismo de compostos nitrogenados, produção e composição do leite. Utilizaram-se 12 vacas da raça Holandesa, distribuídas em dois quadrados latinos 6 x 6, com períodos experimentais de 17 dias. As dietas foram formuladas em esquema fatorial 3 x 2, sendo três níveis de concentrado, 40, 50 e 60 %, e dois níveis de PNDR, 4,0 e 5,4 %, tendo sido fixado o nível de proteína degradável no rúmen (PDR) em 10 %, na base da matéria seca (MS), resultando em seis tratamentos. Foi utilizada como fonte de PNDR a farinha de peixe e como volumoso a silagem de milho. Os resultados foram avaliados por intermédio do procedimento PROC MIXED SAS (SAS, 1999), adotando-se 5 % como nível crítico de probabilidade para o erro tipo I, sendo as comparações entre médias realizadas usando-se contrastes ortogonais. Não houve interação entre níveis de concentrado e níveis de PNDR sobre a produção e a composição do leite. Os alimentos básicos utilizados na alimentação de ruminantes, farelo de soja e milho moído, tiveram as maiores degradações efetivas da MS, enquanto a farinha de peixe teve baixa degradação ruminal. Observou-se aumento (P<0,05) do consumo de MS (CMS) total à medida que se aumentou o nível de concentrado, não havendo efeito (P>0,05) do aumento de PNDR sobre o CMS total. Houve menor consumo de fibra em detergente neutro corrigida para cinza e proteína (FDNcp) (P<0,05) e maior consumo de carboidratos não fibrosos corrigidos para cinza e proteína (CNFcp) (P<0,05), quando se aumentou o nível de concentrado. Ao se aumentar o nível de PNDR, o consumo de CNFcp diminuiu. O consumo de extrato etéreo (CEE) aumentou (P<0,05) tanto em função do aumento de concentrado quanto do aumento de PNDR. Houve redução (P<0,05) dos coeficientes de digestibilidade da MS (CDMS), matéria orgânica (CDMO) e do teor de nutrientes digestíveis totais (NDT), a partir da suplementação com fontes de PNDR. Não houve efeito (P>0,05) sobre os coeficientes de digestibilidade da MS, MO, EE, proteína bruta e CNFcp, quando se aumentou o nível de concentrado. O NDT aumentou linearmente (P<0,05) com o aumento do nível de concentrado, enquanto houve diminuição do NDT (P<0,05) com o aumento da PNDR na dieta. Quanto ao consumo dos componentes digeridos, observou-se aumento (P<0,05) dos consumos de MS digestível (MSD), MO digestível (MOD) e NDT em função do aumento do nível de concentrado, e redução (P<0,05) dos consumos com o aumento do nível de PNDR. Foi observada interação entre os níveis de concentrado e PNDR para consumo de EED, FDNcpD e CNFcpD. As excreções urinárias de nitrogênio uréico e alantoína diminuíram (P<0,05) nos tratamentos em que se elevou a PNDR, não havendo efeito do nível de concentrado sobre estas variáveis. Os demais metabólitos, resultantes do metabolismo de compostos nitrogenados, não foram alterados em função dos níveis de concentrado e de PNDR. Observou-se aumento linear (P<0,05) da produção de leite, com o aumento do fornecimento de ração concentrada e com aumento do nível de PNDR. O teor de gordura do leite diminuiu linearmente com o aumento de concentrado na dieta e a adição de PNDR. Contudo, a produção de gordura do leite, em kg/dia, não foi alterada (P>0,05) pelos tratamentos. O teor e a produção de proteína do leite aumentaram (P<0,05) com a elevação dos níveis de concentrado e PNDR, podendo-se verificar variação de 0,16 unidade percentual no teor de proteína do leite. Os teores de lactose e extrato seco total no leite não foram influenciados (P>0,05) pelo aumento do nível de concentrado na dieta. No entanto, houve redução (P<0,05) da porcentagem de extrato seco total, ao se aumentar o nível de PNDR de 4,0 para 5,4 %, não havendo efeito sobre o teor de lactose. O teor de extrato seco desengordurado não foi alterado em função dos tratamentos. A produção de extrato seco total e extrato seco desengordurado foi maior quando se aumentou o nível de concentrado na dieta. Não houve efeito sobre estas variáveis quando do aumento de PNDR. Níveis crescentes de concentrado e PNDR, utilizando como fonte de PNDR a farinha de peixe, com a PDR estabilizada, promovem o aumento da produção de leite de vacas leiteiras de alta produção, diminuem o teor de gordura do leite e aumentam o teor de proteína no leite. |