Efeitos do glyphosate e do sulfosate após a simulação de chuva em plantas de Brachiaria brizantha Stapf, submetidas ao estresse hídrico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Pires, Nádja de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11889
Resumo: Realizaram-se três ensaios, em casa de vegetação, na Universidade Federal de Viçosa, com os objetivos de: a) avaliar o efeito do estresse hídrico sobre as características fisiológicas, anatômicas e de crescimento das plantas de Brachiaria bn'zantha; b) avaliar a influência da chuva sobre o desempenho do glyphosate e sulfosate aplicados em plantas de B. bn'zantha cultivadas sem e sob estresse hídrico; c) verificar, através do bioensaio, a lavagem dos herbicidas pela chuva. No primeiro ensaio, selecionaram-se quatro vasos representativos de cada condição de umidade do solo, para avaliação das caracteristicas. No segundo ensaio, foram testados sete intervalos de tempo entre a aplicação e a ocorrência de chuva (15 e 30 mm). O ensaio foi disposto em esquema fatorial (7 x 2)+3, com quatro repetições. Aos 30 dias, avaliaram- se toxicidade dos herbicidas e biomassa seca da parte aérea e, aos 45 dias, após o corte, avaliou-se a rebrota. No terceiro ensaio, empregou-se a técnica dos bioensaios, para avaliar o resíduo dos herbicidas na água coletada após a simulação de chuva (lixiviado), utilizando-se o tomateiro como planta-teste. Fez-se a determinação da curva-padrão, pelo modelo logístico, empregando- se doses crescentes dos herbicidas, e do Iixiviado. Os ensaios foram conduzidos em solução nutritiva, e aos 20 dias foram avaliados a biomassa seca da parte aérea, das raízes e total e o comprimento das raizes. Os resultados mostraram que as plantas de B. brizantha, sob estresse hídrico, apresentaram menor crescimento, decréscimo na taxa fotossintética e transpiratória e na condutância estomática. A simulação de chuva, logo após aplicação dos herbicidas, reduziu o controle da B. bn'zantha pelo glyphosate e sulfosate. Em plantas sem estresse hídrico, o comportamento dos herbicidas foram semelhantes, quando o intervalo entre a aplicação e a simulação de chuva de 15 mm foi de seis horas. Em intervalos menores, o sulfosate foi menos lavado que o glyphosate. Plantas sob estresse hidrioo sofreram maior lavagem dos herbicidas, observando-se maior rebrota dos tratamentos. Os bioensaios detectaram os herbicidas na água, confirmando que o glyphosate e o sulfosate foram Iavados das folhas de B. bn'zantha, mesmo quando a chuva ocorreu seis horas após aplicação. A planta-teste utilizada foi mais sensível ao glyphosate, sendo que a melhor caracteristica para demonstrar o efeito dos herbicidas foi o comprimento das raizes. De maneira geral, os bioensaios demonstraram ser uma técnica viável para o estudo dos resíduos desses herbicidas na água.