Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Acevedo Nieto, Emilio Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6452
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Resumo: |
Este é o primeiro estudo objetivando investigar a epidemiologia do complexo teníase- cisticercose, causado pelos parasitas Taenia solium e Taenia saginata, em assentamentos rurais da Reforma Agrária no Brasil. Para isto, 497 unidades de produção familiar foram selecionadas e amostradas aleatoriamente em 52 assentamentos do Estado de Minas Gerais. As amostras biológicas de 855 seres humanos, 1.533 bovinos e 518 suínos provenientes das referidas unidades foram coletadas e processadas. Além destas, 497 questionários epidemiológicos foram aplicados em cada unidade para coletar dados sobre a produção animal, bem como as condições sanitárias, de higiene e sociais de cada unidade de produção familiar. Amostras de fezes humanas foram analisados para detecção dos ovos Taenia spp., enquanto que amostras de sangue dos animais foram submetidas a testes sorológicos para detecção de anticorpos da cisticercose. Cinquenta casos positivos para teníase humana, sendo 3 procedentes de diagnóstico laboratorial e 47 casos reportados no questionário; 64 casos de cisticercose bovina e 17 casos de cisticercose suína também foram encontrados. A prevalência por unidade de produção familiar foi: 0,35% (3/855) para teníase através do teste fecal, 3,4% (47/1.395) para teníase através de auto-relato, 3,3% (17/518) para cisticercose suína e 4,2% (64/1.533) para a cisticercose bovina através de testes sorológicos. A distribuição espacial para cisticercose suína mostrou- se agrupada em duas regiões diferentes, enquanto para a teníase humana e cisticercose bovina mostraram-se distribuídas geograficamente dispersas. O modelo ajustado da regressão logística revelou dois fatores de risco fortemente associados com a ocorrência da cisticercose bovina: fonte de água para consumo (p=0,009) e o destino do esgoto a céu aberto (p=0,031), enquanto a queima de lixo mostrou ser um fator de proteção significativo (p <0,001); para a cisticercose suína, a criação de suínos soltos (p=0,008) e o destino do esgoto a céu aberto (p≤0.024); para a teníase humana, três importantes fatores de risco, os proprietários que viram cisticercose em seus suínos (p<0,001), água dos córregos para dessedentação dos suínos e bovinos (p = 0,040) e destino do esgoto a céu aberto (p=0,003). Este estudo evidenciou assentamentos de todas as regiões com altas prevalências e permitiu a identificação de importantes demandas sociais para o controle e prevenção do complexo teníase-cisticercose, como, investimentos em educação e saúde pública nestas áreas, com melhoria das instalações para o adequado esgotamento sanitário, proteção dos recursos hídricos e a criação de suínos em sistemas controlados. Palavras-chave: Zoonoses, teníase, cisticercose, epidemiologia, assentamentos rurais. |