Efeito do glyphosate no crescimento e na morfoanatomia de eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Santos, Leonardo David Tuffi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10481
Resumo: O eucalipto é a essência florestal mais utilizada nos programas de reflorestamento no Brasil, tendo importante papel social e econômico. Diante da importância do uso do glyphosate para o estabelecimento da cultura do eucalipto no campo e da necessidade de conhecer os reais efeitos deste herbicida sobre a cultura e seu agrossistema, foram realizados três experimentos,para avaliar: o crescimento e a morfoanatomia foliar de plantas de eucalipto submetidas à deriva simulada de glyphosate por meio se subdoses (0, 3, 6, 12 e 24% da dose de 1440 g ha-1); a exsudação radicular do glyphosate por Brachiaria decumbens e seus efeitos sobre plantas de eucalipto cultivadas em solo e em solução nutritiva; a respiração microbiana, sob diferentes manejos, com o herbicida glyphosate; e a tolerância de diferentes clones de eucalipto à deriva do glyphosate. As injúrias provocadas pela deriva do glyphosate foram proporcionais ao aumento das subdoses, sendo representadas por murcha, clorose progredindo para necrose, enrolamento das folhas e morte dos ponteiros. Nas plantas tratadas com as maiores subdoses, observou-se, na estrutura anatômica, áreas necrosadas, hiperplasia das células do parênquima clorofiliano e da epiderme, proliferação celular, acúmulo de compostos fenólicos e variação na espessura e na área dos tecidos foliares. Nos experimentos instalados para o estudo da exsudação do glyphosate, não houve sintomas de toxidez nas plantas de eucalipto cultivadas em sistema hidropônico e no solo, não podendo ser comprovada, pela metodologia utilizada, a exsudação do herbicida pelas plantas de braquiária. Entretanto, o uso do glyphosate, no manejo da braquiária, estimulou a atividade microbiana, principalmente no solo arenoso. Houve diferença de tolerância ao glyphosate pelos clones de eucalipto, sendo E. grandis mais sensível ao herbicida que E. urograndis e E. urophylla. Na estrutura anatômica dos diferentes clones, não foi verificada diferença marcante que possa explicar a tolerância diferencial encontrada.