Glyphosate no controle de plantas daninhas: efeitos de formulações, doses e intervalos entre aplicação e chuva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Werlang, Ricardo Camara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10209
Resumo: A ocorrência de chuva após a aplicação de glyphosate reduz a sua eficácia no controle de plantas daninhas, exigindo, assim, um período sem chuva após a aplicação para proporcionar controle adequado da espécie. Esse período crítico sem chuva após a aplicação é dependente da formulação e da dose do herbicida, da espécie de planta daninha e seu desenvolvimento e da quantidade e intensidade da chuva. O conhecimento da interação entre esses fatores em condições brasileiras é importante para o melhor aproveitamento do potencial de cada herbicida e menor agressão ao ambiente. Por isso, foram realizados, na Universidade Federal de Viçosa, de agosto de 2000 a junho de 2002, quatro experimentos, com o objetivo de avaliar os efeitos da chuva na eficácia de diferentes formulações de glyphosate - potássico (Zapp Qi), isopropilamina (Roundup Transorb) e amônio (Roundup WG). No primeiro experimento teve-se como objetivo estudar os efeitos da chuva na eficiência de controle de Brachiaria decumbens por diferentes formulações de glyphosate. Constatou-se que todas as formulações foram afetadas pela ocorrência de chuva, e a redução no controle foi maior nos menores intervalos sem chuva após a aplicação. As formulações com glyphosate potássico e glyphosate isopropilamina demonstraram controle superior da espécie comparado à formulação contendo glyphosate amônio, exigindo, ainda, menor intervalo sem chuva após a aplicação do que a formulação com sal amônio. No segundo experimento, estudaram-se os efeitos da chuva na eficiência de controle de Bidens pilosa por diferentes formulações de glyphosate. Nos menores intervalos sem chuva após a aplicação (uma, duas e quatro horas) o glyphosate isopropilamina foi superior no controle da espécie, em relação ao glyphosate potássico e amônio. As formulações glyphosate isopropilamina e potássico proporcionaram menor produção de matéria seca de B. pilosa quando comparadas com a de amônio, sendo, portanto, superiores no controle desta espécie. O terceiro experimento teve como objetivo estudar a absorção e a translocação de glyphosate em B. decumbens, não ocorrendo diferença entre as formulações com glyphosate potássico e glyphosate isopropilamina na dose de 900 g ha-1 de eq.ac.; houve necessidade de um período de 4 e 24 horas após a aplicação para proporcionar, respectivamente, absorção e translocação do herbicida em quantidade adequada para refletir controle eficiente da espécie. No quarto experimento estudou-se o efeito da chuva na eficiência de controle de B. decumbens por diferentes formulações em campo. Os resultados evidenciaram que o período de pelo menos quatro horas sem chuva foi necessário para proporcionar controle de B. decumbens semelhante ao da testemunha sem chuva para todas as formulações de glyphosate avaliadas na dose de 1.080 g ha-1 de eq.ac. Os resultados permitiram concluir que o glyphosate é facilmente influenciado pela ocorrência de chuva após aplicação e que todas as formulações apresentaram redução de sua eficácia com a ocorrência de chuva. O intervalo sem chuva após a aplicação exigido para proporcionar controle adequado é dependente da formulação, dose e espécie de planta daninha. A redução no controle foi maior à medida que se diminuía o intervalo sem chuva após a aplicação. As formulações com glyphosate potássico e glyphosate isopropilamina são semelhantes e exigiram menor intervalo sem chuva após aplicação do que a formulação com glyphosate amônio no controle de B. decumbens e B. pilosa.