Uso do óleo vegetal em motor estacionário de ciclo diesel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Inoue, Gerson Haruo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ
Doutorado em Engenharia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/649
Resumo: Em termos de biocombustíveis líquidos, as questões relacionadas ao álcool estão em um patamar desenvolvido com a criação de uma cadeia produtiva em que todos os processos estão tecnologicamente resolvidos desde a produção da cana-de-açúcar até o consumo do álcool com o desenvolvimento dos carros multicombustíveis. Quanto à utilização dos óleos vegetais, algumas barreiras deverão ser vencidas, principalmente em comunidades isoladas, com ocorrência de oleaginosas, porém, com dificuldades na produção do biodiesel, devido aos custos ou à logística para o transporte dos produtos utilizados para o processo de transesterificação. Assim, a utilização do óleo vegetal in natura em motores diesel se torna importante fonte de energia e requer a utilização de técnicas e adaptações para o bom desempenho do motor, entre elas o aquecimento para redução da viscosidade e a alternância de combustível para promover a lavagem das tubulações de alimentação com óleo diesel. Objetivou-se com este trabalho avaliar a viabilidade do uso do óleo vegetal na forma in natura em motores diesel de baixa potência. Primeiramente foi realizado um estudo para verificar o efeito da temperatura na redução da viscosidade e desenvolver um sistema de aquecimento do combustível de baixo custo. Após o desenvolvimento do aquecedor, verificou- se por meio de ensaios dinamométricos, o desempenho do motor alimentado com misturas de óleo vegetal e óleo diesel em diferentes proporções e temperaturas de injeção. Por último, o motor foi avaliado em condições de trabalho, na geração de energia elétrica em um grupo gerador, operando por períodos de até 300 horas. Ao final, foram verificadas as medidas dos componentes do motor e os resíduos na câmara de combustão. As principais conclusões deste trabalho foram: os óleos brutos de Girassol. Milho e Soja alcançam à viscosidade do óleo diesel quando aquecidos as temperaturas acima de 160º C; o sistema de aquecimento foi eficiente para aquecer e manter a temperatura exigida; a temperatura de injeção e as proporções de óleo vegetal no combustível não influenciaram no regime de trabalho, na potência nominal e no torque; ocorreu aumento do consumo específico com o aumento da proporção de óleo vegetal no combustível; não ocorreu formação de resíduos nas proporções de até 50% de óleo vegetal que justificasse a descarbonização da câmara de combustão; e o custo de produção de energia elétrica aumentou em 4,66% com a utilização de Óleo Degomado de Soja na proporção de 50%, em relação ao óleo diesel.