Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Mattos, Layla Júlia Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24317
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Resumo: |
Este trabalho teve por objetivo investigar como acontece o estágio supervisionado em uma licenciatura ofertada a distância. Para tanto, o nosso olhar buscou compreender como os estágios supervisionados do curso de Licenciatura em Matemática a distância da Universidade Federal de Viçosa são propostos pela instituição, como eles são organizados pelo professor responsável pelas disciplinas de estágio e como eles são vivenciados pelos alunos. Ao desenvolver um diálogo entre essas três perspectivas do estágio, o intuito desse trabalho foi colaborar com o avanço das discussões teóricas sobre o estágio, buscando contemplar especificidades do contexto de formação de professores na Educação a Distância (EaD). Focamos no estágio, pois, compreendemos que ele tem um papel relevante na formação profissional. Baseamo-nos em autores como Gatti (2010; 2013-2014), Barreto (2015), Lüdke (2013; 2014), Nóvoa (2012), Pimenta; Lima (2013), Colombo; Ballão (2014) e Felício; Oliveira (2008), que tem apresentado análises sobre os problemas do estágio na formação inicial e sobre o papel que a ele tem sido delegado na formação de professores. Entendemos que ele deveria ser um dos elementos articuladores dos conhecimentos específicos da profissão e o campo de atuação profissional. Mas, tem se resumido no momento de transição do que se entende como teoria para o que se compreende como prática, geralmente, reservado para o final dos cursos. Essa pesquisa é de cunho qualitativo e se constituiu na análise de dados de documentos oficiais da UFV, de entrevistas online com a professora orientadora dos estágios e com estagiários, como também, de relatórios de estágios elaborados por alunos do curso. A partir desses dados, observamos que não há definições para os estágios supervisionados a distância nos documentos oficiais da graduação na UFV, mas sim, documentos elaborados para o curso em questão, evidenciando uma separação entre as modalidades presencial e à distância. Os estágios são elaborados como disciplinas pedagógicas, mas, não estabelecem relação com as disciplinas que compreendem esse grupo, tampouco com as demais disciplinas do curso, ainda que os documentos indiquem que elas devam ser integradas na grade curricular de forma horizontal e vertical. A professora orientadora das disciplinas de estágio é uma tutora remanejada para a função, sem as devidas condições de trabalho, indicando possivelmente uma despreocupação da instituição com o modo que os estágios serão orientados e com a sobrecarga de trabalho da profissional. No curso analisado o estágio se resume em um protocolo realizado ao final das aulas teóricas. Os alunos, por sua vez, o vivenciam considerando o estágio como a passagem da fase teórica para a prática, sem um espaço de problematização e reflexão das experiências vividas e sem avaliação qualitativa significativa do processo de formação, reforçando diversos estudos dos autores já mencionados que questionam a carência formativa das licenciaturas brasileiras em todas as modalidades. Concluímos que os princípios da racionalidade técnica, pautado na lógica três (teoria) mais um (prática), é ainda dominante. Acreditamos, também, que, um dos principais problemas que a EaD tem vivenciado, é, justamente, o fato de seus autores estarem reproduzindo o modelo presencial, partindo da cultura “presencialista”, e elaborando adaptações para o uso de AVA e suas ferramentas, sendo essa, uma das dificuldades enfrentadas pelos dos docentes que atuam na modalidade. |