Efeitos do whey protein adicionado de curcumina sobre a saúde intestinal de ratos submetidos a exercício físico exaustivo
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência da Nutrição |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/33192 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.615 |
Resumo: | O exercício físico, quando praticado de forma moderada, é capaz de promover adaptações positivas no trato gastrointestinal e na microbiota. O exercício físico exaustivo, no entanto, pode interferir na manutenção da saúde intestinal, afetando a permeabilidade intestinal, a inflamação e a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). Essas alterações podem ser moduladas por meio de modificações da dieta, incluindo componentes capazes de influenciar nessa mudança, como o whey protein concentrado (WPC) e a curcumina (CCM), visto que ambos possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, além de atuarem na produção de AGCC. Objetivou-se, portanto, revisar os efeitos do exercício físico na saúde intestinal e avaliar o efeito do WPC+CCM na saúde intestinal de ratos submetidos a exercício físico exaustivo (EE). Buscas por artigos originais foram realizadas no PubMed/MEDLINE, Scopus, Web of Science e Embase, e um total de 18 estudos foram selecionados. A análise desses estudos revelou que diferentes intensidades e tipos de exercício, como corrida e natação, podem modificar significativamente a microbiota intestinal, afetando a diversidade, a abundância de certos microrganismos e a funcionalidade metabólica. Assim, os benefícios do exercício físico na saúde intestinal estão associados à intensidade do treinamento, com potencial impacto positivo na composição e função da microbiota. Para o estudo experimental, ratos Wistar com idade de 12 semanas foram distribuídos aleatoriamente em 6 grupos, a saber: G1: grupo controle, que recebeu dieta padrão (AIN-93M; n = 8); G2: grupo controle, que recebeu dieta padrão submetido ao EE (AIN-93M EE; n = 8); G3: grupo proteína concentrada do soro de leite adicionado de curcumina (WPC + CCM; n = 8); G4: grupo proteína concentrada do soro de leite adicionado de curcumina submetido ao EE (WPC + CCM EE; n = 8); G5: grupo curcumina (CCM); e G6: grupo curcumina submetido ao EE (CCM EE; n = 8). Após 4 semanas de dieta, os animais foram submetidos ao EE em natação e, após 24 horas, sofreram a eutanásia, sendo coletadas as fezes do ceco, para avaliação de AGCC, e o intestino (cólon), para avaliação de variáveis inflamatórias, antioxidantes e histológicas. O conteúdo de AGCC permaneceu estável nos grupos teste em comparação aos controles. Em relação aos produtos de peroxidação, ao analisar o efeito do exercício físico, os níveis de malondialdeído permaneceram constantes, no entanto, o grupo que recebeu WPC+CCM apresentou maiores concentrações de proteína carbonilada. Quanto ao óxido nítrico, observou-se uma redução nos grupos que receberam as intervenções. Em relação às enzimas antioxidantes, os grupos que receberam WPC+CCM e CCM apresentaram as maiores concentrações de superóxido dismutase e catalase, enquanto os níveis de glutationa foram reduzidos. A expressão dos marcadores NF-κB e IL-1β, bem como de Nrf2, se manteve estável após a realização do EE nos grupos que receberam WPC+CCM. A espessura da camada muscular longitudinal e a profundidade e espessura das criptas não diferiram entre os grupos. Sob estresse físico, o consumo de CCM, isoladamente ou combinado com WPC, resultou em espessura da mucosa, submucosa e camada muscular circular semelhante ao grupo controle. A administração de CCM, isoladamente ou combinada com WPC, foi eficaz na manutenção do número de células caliciformes após EE. Conclui-se, portanto, que a associação de WPC+CCM preveniu o aumento do estresse oxidativo e da inflamação e preservou a produção de AGCC, a atividade antioxidante e a integridade intestinal dos ratos. Isso pode ser benéfico para a recuperação, desempenho físico e prevenção de distúrbios gastrointestinais associados ao exercício exaustivo. Palavras-chaves: Natação, cúrcuma, integridade intestinal, proteína concentrada do soro de leite. |