Estudo miogênico de progênies provenientes de matrizes suínas: efeito do cloridrato de ractopamina e do grupo genético

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Silva, Alessandra Alves da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Palavras-chave em Português: Suíno - Alimentação e ração; Anatomia veterinária; Fisiologia veterinária; Músculos - Desenvolvimento; Carne - Qualidade; Ciências Agrárias; Zootecnia; Genética e Melhoramento dos Animais Domésticos
• Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7733

Objetivou-se com este estudo estudar desenvolvimento muscular fetal e a qualidade da carne da progênie de grupos genéticos distintos (Piau e linhagem Comercial) com inclusão de cloridrato de ractopamina (RAC) fornecido na dieta das matrizes suínas, no período de 30-60 dias de gestação. Foram utilizadas 10 matrizes suínas de 1a e 2a ordem de partos, (quatro matrizes da raça local Piau e seis matrizes da linhagem comercial) (Large White x Pietrain). As matrizes foram identificadas por meio de brincos e receberam manejos alimentares, reprodutivos e sanitários semelhantes. Aos 60 dias de gestação foram abatidas 4 matrizes (duas comerciais e duas Piau) e coletados 6 fetos (3 machos e 3 fêmeas) por matriz (n=24 fetos). Foram retiradas amostras do músculo Longissímus dorsi (LD) para análise histológica e perfil de expressão gênica. As demais matrizes foram acompanhadas até o momento do parto, sendo suas progênies monitoradas até atingirem 140 dias de idade, e então abatidos 12 animais Piau, (seis machos e seis fêmeas) e 24 animais de linhagem comercial (12 machos e 12 fêmeas) foram retiradas amostras do músculo LD para análise histológica e perfil de expressão gênica . Após 24 horas de resfriamento das carcaças, foram coletadas amostras de carne da região das três últimas costelas para avaliação de parâmetros qualitativos da carne. Verificou-se para contagem de números de fibras musculares secundárias que fetos fêmeas da raça Piau apresentaram acréscimo (P < 0,001) em média de 40% no número de fibras musculares secundárias em relação aos machos. Para os resultados de expressão gênica para o gene beta 2 Adrenergic Receptor (ADRB2) verificou-se diferença (P = 0,008) entre grupo genético, sendo que fetos da raça Piau expressaram 4,35 vezes a mais o gene em relação a fetos da linhagem comercial. No entanto, para o gene (MYHC IIA), observou-se que animais da linhagem comercial expressaram 1,83 vezes mais (P = 0,04) o gene em relação animais da raça Piau. Não se verificou diferenças nos parâmetros qualitativos de carne (extrato etéreo e força de cisalhamento). A inclusão de RAC na dieta de fêmeas suínas gestantes durante o período de 30-60 dias de gestação promoveu respostas fenotípicas diferentes entre animais não melhorados (Piau) e animais melhorados (Comercial) quando contrastados a literatura.