Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira Neto, Joaquim Batista de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/26966
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Resumo: |
O trabalho objetivou caracterizar o ambiente de pastejo na presença da Faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm), inferindo sobre uma possível influência nas características da carne ovina, em dois períodos distintos: período 1 (de junho/2015 a fevereiro/2016) e o período 2 (de março/2016 a agosto/2016). Para as avaliações da composição botânica e química da dieta, utilizaram-se cinco ovinos mestiços de Somalis fistulados no rúmen, e para parâmetros de desempenho animal foram utilizados ovinos SPRD. Mais de sessenta espécies vegetais foram identificadas, sendo, Fabaceae, Poaceae e Euphorbiaceae as famílias mais abundantes. No primeiro período, a biomassa herbácea variou de 101,33 kg MS/ha (outubro/2015) a 550,70 kg MS/ha (janeiro/2016); enquanto o lenhoso foi de no máximo 180,31 ± 17,6kg MS/ha (fevereiro/2016). A serrapilheira foi o componente de maior contribuição chegando a quase 2.000 kg MS/ha (12/2015). No segundo período, as máximas biomassas herbácea e lenhosa foram de 795,65 kg MS/ha (maio/2016) e 84,14 kg MS/ha (março/2016), respectivamente. A serrapilheira variou de 190,37 (04/2016) a 962,37 MS/ha (06/2016). Em ambos os períodos registrou-se a presença de Malva (Sida galheirensis Ulbr.) e capim-panasco (A. setifolia Kunth), no estrato herbáceo; e Marmeleiro (Crotonsonderianus Mull. Arg.), Velame (Crotonsp.) e Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm) no estrato lenhoso. A Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm), apresenta mais de uma fenofase por planta, sendo o maior desenvolvimento das folhas de janeiro a maio de 2015 e de março a maio de 2016, enquanto a senescência de folhas concentrou-se de maio a outubro de 2015 e de maio a agosto de 2016 a frutificação ocorreu de janeiro a setembro em 2015; e foi decrescente de março a maio de 2016. A composição botânica da dieta era basicamente de folhas, sendo a presença de espécies como Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm) e Algaroba (Prosopisjuliflora (Sw.) DC) as preferidas do estrato lenhoso e no período de chuvas a preferência dos animais foi também por Poaceae. Os animais do período 1 apresentaram peso ao abate, peso da carcaça vazia, rendimento verdadeiro e área de olho de lombo de 36,33 ± 3,31 kg; 33,29 ± 2,71 kg; 59,38 ± 5,58% e 10,60 ± 2,34 cm 2 , respectivamente; no período 2, os animais apresentaram peso ao abate, peso da carcaça vazia, rendimento verdadeiro e área de olho de lombo de: 41,00 ± 3,05 kg; 35,82 ± 2,95 kg; 61,37 ± 6,14% e 13,73 ± 1,60 cm 2 , respectivamente. Nos dois períodos, as carcaças dos animais apresentaram parâmetros de classificação e tipificação adequados aos padrões para o mercado local. A diversidade de espécies e a presença da Faveleira ao longo do ano contribuem para a sustentabilidade de modelos extensivos de produção nos Sertão dos Inhamuns produzindo animais com padrões aceitáveis ao mercado local. |